Em sessão marcada por debates tensos, vereador Tonho foi eleito para presidir a Câmara em 2018

Não teve surpresa na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Candelária. O vereador Marco Antônio Larger (PP), o Tonho, confirmou o favoritismo ao ter seu nome confirmado para presidir o legislativo do município no próximo ano. A mesa diretora ainda será formada pelo vereador Daniel Bernardy (PDT) como vice e Cristina Rohde como secretária. A chapa liderada por Tonho foi a única inscrita. A votação foi aberta e nominal. O resultado apresentou nove votos para a chapa habilitada, tendo sido registrados quatro votos em branco. A bancada do PSB - formada por Jaira Diehl, Aldomir Severo, Jairo Radtke e Rodrigo da Silveira Freire - votou branco em bloco. A posse dos eleitos se dará de forma automática, a partir de 1º de janeiro de 2018.
Depois da eleição, a sessão prosseguiu com os pronunciamentos do grande expediente, marcados por debates tensos, que revelaram um racha entre os partidos que dão sustentação ao governo municipal. A vereadora Jaira Diehl (PSB), cujo nome era especulado como possível candidata a presidente, desmentiu a versão apresentada, segundo a qual teria sido feito um acordo entre os partidos aliados para o PP assumir a Câmara em 2018. Em sua manifestação, também apresentou diversas despesas da Câmara no atual exercício, salientando que poderia também ter ocorrido uma maior economia. Garantiu não ser nada pessoal, ao que a atual presidente, em aparte, contestou: “É pessoal, sim”, lembrando que Jaira fez parte da mesa diretora neste ano. O líder do governo na Câmara, Aldomir Severo, também alegou não ter ocorrido o alegado acordo para o PP ocupar a presidência neste ano, observando, ainda, que algumas pessoas têm o poder de transformar água em vinho. Depois acrescentou que nem todos podem tomar do vinho que é produzido. Depois, Cristina Rohde foi veemente na resposta, salientando que tudo o que gastou foi feito de forma transparente, com acompanhamento jurídico. Disse também que a vereadora Jaira, por estar em primeiro mandato, ainda tem muito o que aprender, sustentando ainda que a colega não teria sido ética na sua atitude. Da mesma forma, Marco Larger manifestou contrariedade com as manifestações dos vereadores do PSB, reafirmando que em 2019 não poderia assumir a presidência, pois pretende fazer uma viagem. Também rejeitou qualquer alegação de que a Câmara gasta demais, lembrando que a todo momento são devolvidos recursos para o executivo (confira a cobertura completa na edição impressa da Folha, que circula na sexta, 22).