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25/08/2009 16:56
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Municpio deve aumentar o plantio de arroz pr-germinado

O cultivo de arroz pré-germinado ocupa 47% da área total em Candelária. Com a disseminação de algumas plantas invasoras, como o arroz vermelho, este percentual poderá aumentar até 10% na safra 2009/2010. Foi isto o que se conclui no segundo dia do Seminário do Arroz Irrigado, quando os organizadores traçaram um diagnóstico da orizicultura. Na edição de sexta, 10, a Folha divulgou que o principal motivo para o surgimento do arroz vermelho é a aplicação de herbicidas de baixa qualidade, ou seja, de pouca eficácia. As informações foram repassadas por um representante da Basf, que em parceria com o Irga, lançou o movimento “todos contra o arroz vermelho”, cujo objetivo é divulgar, especialmente, a importância do sistema clear field (campo limpo).
De acordo com o engenheiro agrônomo do Irga, Luciano Siqueira, o sistema pré-germinado impede o nascimento de plantas invasoras. “Isto ocorre porque a área fica alagada e sem oxigênio, o que inibe a germinação do arroz vermelho”, explica. Outro ponto destacado no seminário foi a importância de fazer o plantio na época correta, entre os meses de setembro e outubro. “Tentamos identificar por que os produtores não estão cultivando o arroz na época certa e, agora, vamos trabalhar com estes pontos ao longo do ano. Eles justificaram o retardo no plantio para evitar o frio e para garantir os recursos liberados pelos bancos. Pretendemos mostrar a eles que o frio não é problema”, diz. Quanto à liberação de crédito, Siqueira estima que possa ser revertido se os orizicultores optarem por antecipar o plantio. “Quem sabe sirva de indicativo para os bancos liberarem o dinheiro mais cedo”, acrescenta.
Durante o 3º Seminário do Arroz Irrigado também foram divulgados os mecanismos para comercialização do grão. Entre eles se destaca o EGF (Empréstimo do Governo Federal), que disponibiliza crédito aos agricultores que preferem tardar a entrega do produto para garantir melhores cotações. Na prática, é uma opção que desafoga a venda, já que muitos comercializam o produto logo após a colheita para custear as despesas.