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25/08/2009 16:56
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Irmo no contagiou vtima suspeita de gripe A

A notícia da morte de José Roberto Schilling, de 48 anos, divulgada na edição da última-sexta-feira, 7 de agosto, pela Folha de Candelária, acabou levando constrangimento à família Schilling  pela forma com que foi colocada. Com base em informações extraoficiais, por duas vezes o jornal falhou ao noticiasr que José Roberto e sua irmã Ana Lúcia, de 46, e que continua internada no Hospital Ana Nery, teriam sido contaminados pelo vírus ao terem contato com um familiar que atualmente reside em Uruguaiana. O fato exige uma retratação pública da Folha de Candelária, que na sexta-feira recebeu na redação o irmão de José Roberto e Ana Lúcia, Ivan Noé Schilling, oficial ajudante do Fórum de Uruguaiana, para narrar a verdade sobre a situação. O fato de Ivan Noé residir em uma cidade da fronteira que faz divisa com a Argentina - país bastante afetado pela gripe - deve ter suscitado o imaginário da fonte que passou as informações equivocadas para a reportagem da Folha na sua edição do dia 31 de julho, levando o jornal ao erro. Segundo Noé, Uruguaiana está em estado de emergência como forma de prevenir a contaminação pela gripe A, medida que igualmente foi adotada por outros municípios do Estado. No entanto, garante que nos últimos meses não foi contaminado por gripe, resfriado ou qualquer outra enfermidade. Não esteve hospitalizado assim como nenhuma pessoa de suas relações, lá em Urugraiana, está ou foi contaminada pelo vírus.
Gozando de plena saúde, ele esteve em Candelária no dia 25 de julho para visitar sua mãe, que havia passado por uma cirurgia da coluna. Até aquela data ele não sabia sobre o estado de saúde dos irmãos. Em  Candelária foi que Ivan Noé ficou sabendo que José Roberto se recuperava de uma suposta gripe. “Ele havia ido ao Pneumologista, em Santa Cruz do Sul, dia 23, onde recebeu medicação para se tratar em casa sob orientação médica”, explica Ivan Noé. No dia seguinte, 24, Ana Lúcia acabou baixando no Hospital Candelária também com diagnóstico de pneumonia. Ela permaneceu em Candelária até o dia 28, quando teve de ser encaminhada ao Hospital Ana Nery diante do agravamento da enfermidade. Na madrugada do dia 26 de julho José Roberto também foi levado ao Hospital Ana Nery, já em estado grave, onde permaneceu internado até a última quarta-feira, 5 de agosto, quando acabou falecendo às 17h20. O sepultamento ocorreu dia 6, no cemitério Bom Pastor da Linha Passa Sete. Até o dia 2 de agosto Ivan Noé permaneceu em Uruguaiana, mas pediu licença para vir a Candelária no dia 3, com o objetivo de cuidar da mãe e dos seus irmãos. Salienta, por fim, que até o presente momento, somente existe suspeita por parte dos médicos de provável contaminação pelo vírus H1N1.
Diante de tais fatos, qualquer especulação mal-referendada em relação à suposta contaminação cai por terra, pois como se pode explicar que Ana Lúcia e o irmão José Roberto foram contaminados pelo irmão se estavam buscando tratamento médico desde 23 de julho, antes de Ivan Noé vir ao município, no dia 25? Em relação à conduta adotada, não cabe ao jornal fazer um autojulgamento, senão aprender com novas lições. A última é de que nem todas as fontes são confiáveis e que o imaginário popular se sobrepõe à luz dos fatos reais, que o jornal deveria ter buscado junto à família. Desta forma, não resta outra atitude que não a de pedir desculpas à família Schilling pelas informações equivocadas.