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25/08/2009 16:56
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Uma fera pelas ruas

Pelo menos cinco cachorros foram atacados por outro, da raça pit bull, na manhã da última terça-feira, 11, nas proximidades do Posto de Saúde Central. Segundo testemunhas, por volta das 9h o cão circulava livremente pela avenida. O motorista Eloir Rehbein contou à reportagem da Folha que o animal atacou outros cães e causou pânico às pessoas que circulavam pelo local. Com a ajuda do mecânico Inácio Henker, ele conseguiu deter o feroz animal. Com uma corda, Eloir e Inácio conduziram o pit bull até a Delegacia de Polícia e, depois, para a secretaria de Agricultura. Em razão destes locais não possuírem estrutura adequada, foi sugerido que o animal fosse encaminhado ao Corpo de Bombeiros Voluntários, onde ficou sob os cuidados da equipe de plantão até ser devolvido ao proprietário. O engenheiro Pedro Paulo Vaz Ribeiro afirmou que é o dono do animal. Disse também que o pit bull havia sido levado de sua residência e até então não sabia de seu paradeiro. Populares reclamaram da periculosidade do cão e, principalmente, da falta de um local adequado para depositá-lo. “Candelária deveria ter uma área reservada para a colocação destes animais abandonados, que certamente resolveria problemas como este”, disse Eloir.    

CONTRAPONTO -  De acordo com a lei municipal 002/87, animais abandonados nos logradouros públicos devem ser recolhidos ao depósito municipal. Segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Orlando Kochenborger, a lei existe, mas o município nunca se adequou pelo fato de não existir um local específico para o depósito dos animais. Kochenborger ressaltou que no plano ambiental que está sob análise do Conselho Estadual de Meio Ambiente existe projeto para a criação de um centro de zoonoses fora do perímetro urbano e que irá dispor de uma equipe de profissionais qualificados para cuidar destes animais. Se o plano for aprovado pelo conselho, a ideia é colocar o projeto em prática até 2012. Como Candelária não possui um local para guarda os animais, o secretário acredita que a melhor solução seria realizar o registro da ocorrência na Delegacia de Polícia, comunicar a Inspetoria Veterinária e pedir o sacrifício do animal.