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28/08/2009 17:44
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Celetro parte para a briga com a AES Sul

Depois de esgotar todas as possibilidades de resolver amigavelmente os constantes problemas no que se refere distribuio de energia, o presidente da Celetro, Jos Benemdio de Almeida, convocou uma entrevista coletiva na noite de quarta-feira, 26, em Cachoeira do Sul, para comunicar que vai denunciar hoje a AES Sul para a Agncia Estadual de Regulao dos Servios Pblicos Delegados do Rio Grande do Sul Agergs. A cooperativa, que compra a energia da AES Sul para repassar a seus associados em 27 municpios, no est nada satisfeita com o servio da concessionria. No documento, que dever ser entregue ao conselheiro-presidente da agncia, Alcides Jos Saldanha, a Celetro expe a reincidncia na m-prestao dos servios pela AES Sul as interrupes e demora nas providncias para a normalizao do suprimento e tambm leva ao conhecimento da agncia reguladora a insatisfao dos associados em relao s constantes faltas de abastecimento. Na coletiva de quarta-feira, um relatrio elaborado pelo engenheiro eletricista Gilson Della Valentina aponta que na regio de Candelria, em 2008, foram 20 interrupes no fornecimento que somaram 60h32min de falta de luz nas localidades de Passa Sete, Picada Karnopp e Vila Unio. Neste ano, j faltou luz aos associados da Celetro nestas mesmas localidades por 54h46min em 10 vezes que o servio foi interrompido. Diante dos nmeros, Benemdio acredita que a tendncia aumentar ainda mais o nmero de interrupes e o tempo sem luz na casa dos associados. No sabemos mais o que dizer, agora precisamos agir, pontuou o presidente. MOBILIZAO Na ltima vez em que esteve na Agergs para reclamar dos servios da AES Sul, Benemdio disse que ficou em uma sala fechada a 40 e sequer um copo de gua lhe foi oferecido. Ele espera que desta vez o tratamento seja melhor e j pensa em levar a denncia para a Agncia Nacional de Energia Eltrica Aneel e para o Ministrio de Minas e Energia. Se isso acontecer, dever mobilizar os prefeitos da regio para buscar na fora poltica a soluo do impasse. Depois da mdia expor tantos casos que contrariam os princpios da cidadania, no posso crer que a Celetro seja culpada por buscar seus direitos, queixa-se Benemdio. Talvez em razo de o cooperativismo ser institudo por uma lei assinada por um general no ano de 1971 exista o interesse de polticos atuais em extinguir as cooperativas para que algum fique com o controle total da distribuio da energia, mas no assim que funciona a democracia e vamos lutar por ela, complementa. Em ltima instncia, a Celetro pretende ingressar com ao junto ao Supremo Tribunal Federal. Vamos tentar de todas as formas resolver o problema e ver se realmente existe justia neste pas, conclui o presidente.