� tempo de n�o esquecer

O artigo abaixo, escrito pelo pastor Marcos Schmidt de Novo Hamburgo, � um convite para aquecermos a mem�ria: Hist�rias de pais que esquecem filhos dentro do carro j� viraram rotina. Agora foi na cidade de S�o Paulo. No �ltimo dia 18 de novembro uma menina de cinco meses morreu depois de permanecer cinco horas dentro de um ve�culo estacionado no sol. A m�e contou na delegacia que normalmente deixava a crian�a numa creche e depois seguia para a escola onde largava a outra filha de 6 anos. No dia da trag�dia, ela inverteu a rotina e deixou a mais velha antes, e por isso n�o lembrou que a outra ainda permanecia no carro. A m�e de 40 anos, gerente financeira de uma empresa, s� se deu conta quando deixou o trabalho e foi para o carro. Os vidros do ve�culo eram escuros e ningu�m na rua movimentada enxergou o beb� que agonizava. A B�blia pergunta: "Ser� que uma m�e pode esquecer o seu beb�? (...) Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria voc�s" (Isa�as 49.15). Pois este "ser�" n�o � mais uma possibilidade. Este "ser�" j� �. Vivemos o tempo do rel�gio sem ponteiros, que n�o faz barulho e assim n�o avisa que os dias s�o iguais, com a mesma dura��o de antigamente. Queremos tudo em pouco tempo e n�o conseguimos nada. E assim - neste sil�ncio digital, moderno, de vida corrida e barulhenta, contradit�ria, de pais que esquecem filhos porque precisam trabalhar para sustent�-los - perdemos o que � mais precioso. Pois ainda h� chance para acordar, sair do pesadelo, levantar. E refletir sobre as conseq��ncias deste jeito louco de viver. No pr�ximo domingo entra o Advento, dias que preparam para o Natal. Deveria ser um per�odo mais tranq�ilo, no entanto, � a �poca mais conturbada do ano. E quando chega o Natal, l� est� o beb� na manjedoura, esquecido no meio de gente apressada nas cal�adas de vitrines decoradas, �escondido atr�s de "vidros escuros" dos enfeites natalinos, do papai-noel, das compras e das festas. E ele morre, pois "as preocupa��es deste mundo sufocam a mensagem" (Mateus 13.22). Mas a gente s� esquece o que tem. Uma mulher n�o pode esquecer um beb� que n�o tem. Se hoje deixamos Deus de lado, � porque n�s temos um Deus. "Eles se esqueceram de Deus, o seu Salvador" (Salmo 106.21), diz a B�blia sobre um povo que tinha tempo e tinha salva��o. E mesmo quando somos tentados a acreditar que Ele se esqueceu de n�s, ou de pensar que a hist�ria do Natal � uma f�bula, que a Salva��o depende do esfor�o de cada um, mesmo assim, Ele permanece l� em cima e continua aqui em baixo. E quando esquecemos os filhos - �e os "matamos" com coisas que os sufocam e que lhes negam a respira��o da alma - a promessa fica: "Eu nunca esquecerei voc�s". � o Salvador do Advento. � o tempo que ainda corre. � a chance de lembrar, a hora de n�o esquecer. Artigo escrito pelo Pastor Marcos Schmidt, de Novo Hamburgo