Pepino: � rent�vel, mas tem pouca produ��o

Em praticamente toda horta h� um cantinho reservado para o plantio de pepino. De f�cil cultivo, n�o precisa de grandes �reas para se desenvolver. Requer, basicamente, de luminosidade nos frutos e de umidade nas ra�zes. A exemplo das planta��es de mel�o e melancia, j� descritas na s�rie Riquezas da Nossa Terra, a hortali�a n�o pode ser mantida na mesma �rea por muito tempo. A rotatividade � necess�ria para evitar a prolifera��o de fungos. Hoje, 15, ser� evidenciado o potencial produtivo da cultura no munic�pio. Na edi��o anterior o leitor conferiu as particularidades da noz pecan, que igualmente tem m�nima explora��o comercial. Um dos entraves para o aumento da �rea plantada � a demora para obter retorno. Al�m disso, o investimento inicial para implantar o pomar � elevado - em torno de R$ 5 mil por hectare. Todavia, quem tem recursos e pretende fazer o investimento, cujo lucro � garantido, deve fazer a an�lise de solo antes do plantio. Nos primeiros quatro anos, a nogueira pode ser consorciada com outras culturas, como milho, fumo e pastagens. As melhores op��es s�o aquelas que t�m ra�zes superficiais e que n�o disputam espa�o no subsolo com o sistema radicular das �rvores. A planta se adapta melhor em solos profundos, bem drenados, ricos em mat�ria org�nica e nutrientes. Se comparado � noz pecan, o pepino tem a vantagem de produzir em curto espa�o de tempo (at� 60 dias depois da semeadura). De acordo com o t�cnico agr�cola da Emater de Candel�ria, Sanderlei Pereira, as lavouras podem ser preparadas em duas �pocas do ano - de agosto a outubro e de janeiro a mar�o. Conforme ele, a �rea plantada poderia ser expandida porque h� potencial e a rentabilidade por lavoura � satisfat�ria. Isto s� n�o ocorre porque a colheita coincide com a do fumo, o que impede os agricultores de se dedicarem ao cultivo de outra cultura. Informa��es da Emater indicam que s�o produzidos cerca de 70 mil quilos por hectare (dois quilos por p�). O excedente � comercializado de modo informal nos supermercados ou direto ao consumidor. A venda tamb�m � feita na feira ecol�gica da pra�a Alberto Blanchard da Silveira. APECAN - Em novembro de 1999 um grupo de feirantes decidiu criar a Associa��o dos Produtores de Conservas Ecol�gicas de Candel�ria para dar um destino �s sobras da feira. O objetivo era evitar o desperd�cio de produtos, como o pepino, utilizando-os em conservas (detalhes abaixo). Um dos idealizadores foi Lenar Gewehr, do Travess�o Schoenfeldt. Ele mant�m a produ��o at� hoje. Em entrevista � Folha, ele disse que plantou 500 p�s recentemente e que vai refor�ar a produ��o da safrinha. "Foi um ano at�pico, com muita chuva. O pepino precisa de bastante sol para se desenvolver", explica. Pronta para ser colhida, a lavoura de Gewehr deve ter uma quebra de aproximadamente 50%. "Esperava colher uns mil quilos, mas se der uns 400 vai ser muito", calcula. "Agora, se aguarda a melhora do tempo para fazer o segundo plantio; o da safrinha", completa. MAIS - Lenar Gewehr produz a esp�cie Primepak, que � espec�fica para industrializa��o (conservas). O quilo � vendido a R$ 2,00 na feira. O plantio deve ser feito em �pocas de temperatura entre 22 e 30 graus. Algumas publica��es destacam que em temperaturas abaixo de 15 graus a planta n�o se desenvolve podendo ter o crescimento paralisado. Se for acima dos 30 graus pode haver diminui��o do n�mero de flores femininas. O pepino tamb�m n�o suporta vento frio ou geada. No que se refere a espa�amento, o mais usado � de um metro entre linhas e 50 cent�metros entre p�s. A colheita pode ser feita todos os dias. Para saber At� 2005 a APECAN funcionou junto ao antigo Ber��rio Industrial da Prefeitura. Com a troca da administra��o municipal, as atividades da APECAN foram suspensas porque era preciso encontrar uma nova sede para sua instala��o. Foi ent�o que tr�s fam�lias do Travess�o Schoenfeldt contra�ram um financiamento junto ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para construir uma agroind�stria. A obra est� em fase de finaliza��o e deve ser inaugurada em 2010. A produ��o s� deve ser reiniciada quando o local estiver totalmente pronto. Ficha completa Nome cient�fico - Cucumis sativus Fam�lia - cucurbit�ceas Origem - �ndia Descri��o - de modo geral tem formato cil�ndrico, alongado e inteiramente verde ou verde com manchas claras. Se desenvolve em condi��es de clima ameno a quente, solos f�rteis, ricos em mat�ria org�nica, com boa drenagem e disponibilidade de �gua durante todo o ciclo Utiliza��o - � consumido principalmente como salada, sopas e conservas Composi��o - � rico em c�lcio, magn�sio, pot�ssio, f�sforo e sel�nio Aduba��o org�nica - ideal � aplicar 30 dias antes da semeadura