Plant�o m�dico deixar� de ser coordenado pela Someca

Na noite de ontem representantes da Sociedade M�dica Candel�ria, do Hospital e da secretaria de Sa�de se reuniram na Casa de Sa�de para acertar os novos rumos da coordena��o do plant�o m�dico. O trabalho, que at� ent�o � exercido pela Someca, ter� que ser assumido por outro �rg�o a partir de 1� de janeiro. At� o fechamento desta edi��o ainda n�o havia defini��o em torno do assunto. Em entrevista � Folha, Jos� Vasconcellos disse que a Someca comunicou a sa�da da coordena��o no m�s de outubro. A decis�o, de acordo com ele, se justifica pela dificuldade de encontrar profissionais para trabalhar. "T�nhamos muitos problemas, como a falta de m�dicos. Quando um faltava, n�s �ramos cobrados. Exerc�amos a fun��o de patr�o (por coordenar os colegas) e ao mesmo tempo de empregado, o que legalmente n�o � permitido", destaca completando a informa��o que recebeu da assessoria jur�dica da entidade. Conforme ele, a dificuldade de conseguir profissionais de outros munic�pios para atuar no plant�o se deve � baixa remunera��o oferecida (os valores n�o foram informados). Dos 14 m�dicos associados � Someca, apenas oito prestam este servi�o. "Al�m do plantonista cl�nico, ficam de sobreaviso um obstetra e mais um pediatra. Como s�o poucos os profissionais que se disponibilizam a trabalhar, a carga hor�ria se torna muito pesada", acrescenta. "A partir de agora, a organiza��o do plant�o ter� que ser feita pelo Hospital ou pela secretaria de Sa�de", resume. Contrapontos Aristides Feistler, respons�vel pela secretaria de Sa�de Explica que a coordena��o do plant�o n�o � de responsabilidade da secretaria, tendo em vista que a prefeitura mant�m conv�nio com o Hospital para a presta��o do servi�o. Garantiu que o munic�pio objetiva renovar o conv�nio com a Casa de Sa�de para manter o plant�o da forma como est�. "Caso o Hospital n�o aceite a renova��o a secretaria poder� usar a estrutura pr�pria", adianta. Sobre a dificuldade de contratar profissionais de outros munic�pios garante que n�o tem rela��o com a remunera��o. "A prefeitura paga igual ou melhor do que as administra��es da regi�o. Por m�s o munic�pio gasta em torno de R$ 64 mil para manter o plant�o. S�o R$ 23.000 para o corpo cl�nico; R$ 9.300 para o sobreaviso obst�trico; R$ 9.300 para o sobreaviso pedi�trico; R$ 4.650 para o anestesista; R$ 1.000 para o laborat�rio de sobreaviso; e mais aproximadamente R$ 14.000 para auxiliar o hospital com as despesas de procedimentos ambulatoriais", completa. Paulo Kirst, administrador do Hospital Candel�ria Informa que o Hospital tem inten��o de manter o plant�o. Entretanto, para que haja acordo com a secretaria da Sa�de, sinalizou que deveriam ocorrer algumas mudan�as no conv�nio. Disse, ainda, que daria detalhes sobre a negocia��o depois da reuni�o.