A maior enchente do rio Pardo

O primeiro dia �til de 2010 dificilmente ser� esquecido pela popula��o de Candel�ria. As chuvas ininterruptas que come�aram na madrugada do dia 4 e que se seguiram at� o dia seguinte fizeram com que os pluvi�metros atingissem a marca de 250 mil�metros. Para piorar, nos munic�pios da regi�o serrana onde os arroios desembocam no rio Pardo, o �ndice foi superior a 300 mil�metros. A loucura clim�tica dos primeiros dias do ano e que vem assolando o Estado desde novembro de 2009 fez uma v�tima fatal, dezenas de fam�lias desabrigadas e deixou um preju�zo ainda n�o calculado nas lavouras, na cria��o de animais e no sistema vi�rio de Candel�ria. O munic�pio virou manchete nacional pelos reflexos da enchente que muitos compararam � de 1959, quando pelo menos 100 pessoas morreram. A chuva que come�ou ainda no domingo, aumentou na segunda-feira pela manh�. E com a mesma intensidade que as �guas do rio Pardo subiam, refor�ava-se o boato de que alguma represa na regi�o serrana havia rompido, fato desmentido pelos principais meios de comunica��o de Sobradinho. No meio-dia, o rio Pardo j� estava "fora da caixa", e enquanto uma equipe do Corpo de Bombeiros Volunt�rios de Candel�ria come�ava a retirar de casa os moradores da rua da Praia, outra era acionada para atender a um resgate de tr�s homens que foram cercados pelo rio Pardo, na Linha do Rio, ao tentar arrebanhar algumas cabe�as de gado. O secret�rio municipal de Cultura, Jorge Mallmann, e o diretor de Cultura, Valter Fernando Schmidt Auler, acompanharam a equipe dos Bombeiros no trabalho de resgate. Infelizmente, o socorro chegou tarde e o agricultor Hari Kappaun morreu afogado. O corpo foi encontrado na ter�a-feira, ap�s o meio-dia, a 500 metros de sua casa. O relato destas e outras hist�rias e o amplo levantamento fotogr�fico da trag�dia, que provocou um verdadeiro caos, mas revelou um grande senso de solirariedade da popula��o voc� confere nesta edi��o.