Por:
Sade pblica de Candelria
"O feriado da ltima semana foi repleto de festejos, mas nem tudo foi to bom assim, para quem precisou procurar atendimento hospitalar no final da noite de sexta-feira.
Tnhamos uma criana como hspede em nossa dependncia, que infelizmente passou a ter dores fortes de ouvido. Medicamos como nos convinha. Sem resultado algum, procuramos atendimento no hospital.
Para a nossa surpresa, a funcionria da recepo informou-nos que no havia nenhum mdico para atend-la, ao menos que fosse um caso urgente. Agora pergunto: O que um caso urgente? Quem pode explicar para uma criana com dor, que seu sofrimento no urgente; sem grande importncia?
Ao insistirmos solicitando ajuda, a funcionria dirigiu-se a uma sala, informou o caso a algum que l estava, (ser o mdico?) e voltou com a "receita oral", dizendo que deveramos dar 25 gotas de determinada medicao. Desculpe-me se estou sendo ignorante das aes mdicas, mas pensei que o paciente ao menos deveria ser examinado... mas no foi o que aconteceu...
Ao sairmos do estabelecimento, a criana pede: "Vamos no postinho..." e l se vai mais uma vez, a esperana de se acabar com a dor, pois tive de responder que nesta cidade no h postinhos de noite, como h na cidade em que reside.
Afinal de contas, onde estaria a tica profissional dos funcionrios que nos atenderam naquele momento? Meus impostos esto pagos, dediquei-me na campanha de arrecadao de brinquedos, alm claro, da contribuio para manter o hospital. O que mais preciso oferecer para que uma criana de minha famlia possa ser atendida quando necessitar?"
O texto foi enviado por e-mail para a redao da Folha e a autora pediu para no ser identificada.