Epis�dios tr�gicos que ainda est�o na mem�ria da popula��o

Em 1986, a Folha de Candel�ria idealizou uma s�rie na �rea policial denominada "Os Grandes Crimes", com o objetivo de contar os crimes de maior repercuss�o ocorridos no in�cio da d�cada de 80. Na edi��o de 11 de junho de 1986, sob o t�tulo "Morto a machadadas e queimado com a casa", foi contada a hist�ria da morte do anci�o Ant�nio dos Santos, conhecido por Quito, que, no dia 13 de julho de 1981, foi morto a golpes de machado e teve o seu corpo queimado junto com o seu casebre, que ficava localizado no Corredor, pr�ximo � ponte sobre o rio Pardo. Pelos requintes de crueldade, o crime chocou a comunidade. Ap�s o relato de uma testemunha, a pol�cia descobriu que o autor do crime foi Jos� Nunes da Silva, o Fuzilico, que fugiu da cidade, sendo detido cinco meses depois, em Barros Cassal. O autor foi condenado a 20 anos de pris�o. A segunda e �ltima reportagem da s�rie foi publicada pela Folha no dia 4 de julho de 1986, com o t�tulo "Vingan�a: agricultor morto com nove facadas", que narrou o epis�dio da morte do agricultor Helmuth Rutsatz, 56 anos, assassinado com golpes de fac�o quando seguia para o trabalho em Alto Passa Sete, no dia 3 de setembro de 1981. O autor do crime foi Jo�o Alves de Oliveira, o Vino. Na �poca, a pol�cia apurou que o crime foi motivado por vingan�a, em fun��o de uma antiga rixa entre as duas fam�lias, por um homic�dio ocorrido na localidade em 1979. Na �poca, Vino foi preso e julgado pelo tribunal do j�ri de Candel�ria, sendo condenado. O seu advogado, por�m, entrou com recurso em Porto Alegre, pedindo a revis�o do processo. Rixa entre fam�lia tem desfecho tr�gico na Costa do Rio Na edi��o do dia 19 de agosto de 1987, a Folha noticiou um duplo homic�dio de grande repercuss�o na �poca. O caso aconteceu no dia 14 de agosto, na localidade da Costa do Rio. Por volta do meio-dia, Olmiro de Oliveira Cortez, mais conhecido como Miro, entrou no �nibus da empresa Moura com um rev�lver calibre 38 escondido atr�s da blusa. Mesmo com o coletivo lotado, Miro puxou a arma e desferiu seis tiros pelas costas contra o aposentado Jo�o Alexandre da Silva e o seu neto, Vilson Paulo Sch�ller. No tiroteio, duas mulheres ficaram feridas, sendo que uma delas segurava uma crian�a no colo. Vilson morreu na hora, com um tiro na nuca e outro na cabe�a. Jo�o Alexandre da Silva, atingido com quatro tiros, morreu a caminho do Hospital Candel�ria. Ap�s alvejar as v�timas, Miro Cortez fugiu a cavalo, levando dois rev�lveres e uma garrafa de cacha�a. Uma rixa antiga entre as fam�lias de Vilson e Miro foi o estopim da trag�dia. Ao ser detido, Miro Cortez alegou leg�tima defesa. O acusado foi julgado em 1992, sendo condenado a 15 anos e cinco meses de pris�o. A hist�ria de um crime que abalou a comunidade Na madrugada de 9 de novembro de 1988, o jovem Marcelo Wendler, 18 anos, chegava em sua resid�ncia, situada na avenida J�lio de Castilhos, quando, ao entrar em casa, deparou-se com tr�s rapazes que estavam nos fundos. Um dos elementos, ao ver Wendler, acertou um tiro de espingarda calibre 20 no peito do jovem. Wendler foi levado �s pressas para o Hospital Candel�ria, mas n�o resistiu � gravidade dos ferimentos. O caso ganhou repercuss�o na regi�o e foi noticiasdo em edi��o extra da Folha, no dia 16 de novembro, divulgando a pris�o do autor do homic�dio, Milton Bertoldo dos Santos, que confessou o crime. A pris�o de Santos gerou uma grande revolta de populares. Aproximadamente 300 pessoas foram at� a delegacia no final da tarde do dia 10 de novembro, com o objetivo de linchar o acusado, que prestava depoimento. Pedras foram atiradas contra o pr�dio da DP, chegando a quebrar o vidro da porta principal. Rui Calazans e Jorge Roberto dos Santos, irm�o de Milton, tamb�m tiveram participa��o na morte do jovem. Em 1990, Milton Bertoldo dos Santos, que estava foragido da Febem, foi encontrado morto a tiros em Santa Maria. Jovem sequestrada em Santa Cruz � encontrada morta na Rebentona Um crime ocorrido em Santa Cruz do Sul e que despertou a aten��o da opini�o p�blica acabou tendo um desfecho tr�gico em Candel�ria no dia 2 de dezembro de 1997. A universit�ria Suzana Kipper, 23 anos, levada como ref�m por um elemento que havia assaltado a sua resid�ncia no dia 26 de novembro. Naquela ocasi�o, ao chegar em casa, ela surpreendeu o assaltante sem o capuz, o que motivou o assassino a lev�-la como ref�m. Tendo-se passado quase uma semana do assalto, na manh� do dia 2, uma den�ncia an�nima chegou at� a Pol�cia Civil de Candel�ria, informando que havia um forte odor pr�ximo ao balne�rio das Laranjeiras, na Rebentona. Os policiais foram ao local e, ap�s algumas horas de buscas, encontraram o corpo da jovem, j� em avan�ado estado de decomposi��o, abandonado em um matagal. O fato gerou grande repercuss�o na imprensa estadual e uma concentra��o policial poucas vezes vistas em Candel�ria. O acusado do homic�dio foi o comerciante de cal�ados e roupas Sadi Roque Machado, que fugiu ap�s o crime e n�o foi mais localizado. Vereador Nestorzinho � assassinado No in�cio da noite de 21 de janeiro de 1998, a comunidade de Candel�ria foi abalada com a not�cia da morte do vereador e taxista Nestor da Silveira, o Nestorzinho, 54 anos. A v�tima, com seu jeito simples, tornou-se um defensor e leg�timo representante das vilas perif�ricas de Candel�ria, condi��o que o levou a ocupar uma cadeira na C�mara de Vereadores de Candel�ria durante duas legislaturas. O corpo do vereador foi encontrado por um popular em uma estrada lateral da antiga RST 481 (atual ERS 400), que liga Candel�ria a Sobradinho, situada logo ap�s a ch�cara do ex-vice prefeito �nio H�bner. Nestorzinho foi alvejado com um tiro no rosto. O autor do crime foi Leomar Lopes Soares, que foi localizado em Vera Cruz e, em depoimento � Pol�cia Civil, confessou o crime. O autor foi condenado, cumpriu a pena e j� se encontra em liberdade. Morte de professora traz um final tr�gico para crime no Guia Lopes O dia 28 de novembro de 2002 tamb�m est� registrado como um dos mais tristes cap�tulos da nossa hist�ria, que teve total cobertura da Folha de Candel�ria. Por volta das 13h, a professora Ana L�cia Teichmann, 21 anos, foi alvejada com tr�s tiros pelo ex-companheiro Laureno Simon, em local pr�ximo � porta principal da Escola Estadual Guia Lopes. Ap�s os disparos, Simon se refugiou para o interior do educand�rio, onde amea�ou suicidar-se. Ana L�cia foi socorrida, levada ao Hospital Candel�ria e logo transferida para o Hospital Santa Cruz. Simon cedeu aos apelos da pol�cia e entregou-se no meio da tarde. J� a professora n�o resistiu � gravidade dos ferimentos e faleceu �s 21h15. Em julgamento realizado em setembro de 2003, Laureno Simon foi julgado e condenado a 15 anos e seis meses pelo crime. Cenas de filme policial ao vivo em Candel�ria Na manh� do dia 6 de junho de 2005, Candel�ria alcan�ou uma repercuss�o de �mbito nacional na �rea policial, quando mais uma vez os assaltantes tiveram frustradas uma tentativa de assalto contra ve�culos transportadores de valores. Um caminh�o foi atravessado na ponte sobre o Rio Pardo para obstruir a passagem de dois carros-fortes. Atr�s destes, um ve�culo Golf transportava outros integrantes da quadrilha. Na sequ�ncia dos fatos, teve uma intensa e ruidosa troca de tiros entre os ladr�es e os seguran�as dos carros-fortes. Por fim, dois assaltantes tombaram mortos e os demais fugiram do local, utilizando dois carros que cruzavam pelo local no momento. Uma fam�lia de Vale do Sol foi levada como ref�m dos bandidos, sendo libertada em local pr�ximo � rodovi�ria de Lajeado. Um grande aparato policial, incluindo um avi�o e um helic�ptero, participou dos esfor�os para localizar os assaltantes, transformando o territ�rio candelariense em um verdadeiro palco de cenas t�picas de filme policial. Triplo homic�dio choca Novo Cabrais De todas as mortes violentas na regi�o, o triplo homic�dio de 29 de janeiro e que foi manchete dos principais jornais do Estado continua dando trabalho � pol�cia. Os autores j� foram indiciados mas continuam desaparecidos. Emiliano Erli da Silva, Marcos Erli da Silva, o "Marquinhos", Cleodomar Rodrigues, G�lson M�rcio Dias, Nilson Flor�ncio Domingos e Raquel Juliana da Silva tiveram pris�o preventiva decretada pela Justi�a, mas apenas G�lson est� detido. O grupo � acusado de arquitetar um plano para matar em Potreirinho, no interior de Novo Cabrais, o pai e dois irm�os, e desovar os corpos no rio Jacu�. O delegado Jos� Ant�nio Taschetto Motta n�o tem d�vidas de que os tr�s foram assassinados porque sabiam de outros crimes cometidos pela quadrilha. Os acidentes fatais Os acidentes tamb�m fizeram parte das p�ginas policiais da Folha nestes 24 anos de hist�ria. V�rias vidas foram abreviadas de forma s�bita no tr�nsito, principalmente nas rodovias que cortam o munic�pio e nos trevos de acesso � cidade. O trevo entre a atual RSC 287 e a RS410, que d� acesso ao Pinheiro, chegou a receber o apelido de "trevo da morte", devido ao alto �ndice de mortes em acidentes que ocorriam no local entre 1986 e 1992. Em uma pesquisa realizada neste per�odo, foi constatado que neste local aconteceram 25 acidentes, ocorrendo 13 mortes. Devido ao alto �ndice de �bitos no local, em 1993, o Daer concluiu a constru��o de uma rotat�ria no trevo, existente at� hoje, e que diminuiu consideravelmente o n�mero de ocorr�ncias com morte no local. As rodovias que cortam o territ�rio candelariense foram palco de acidentes chocantes, que comoveram a comunidade. No dia 14 de dezembro de 1990, um choque frontal entre dois caminh�es, ocorrido na RS 509 (atual RSC 287), pr�ximo ao trevo de acesso � Linha do Rio, deixou cinco mortos. Morreram no acidente D�cio B�hmer, motorista do caminh�o Mercedes-Benz, da empresa Languiru, de Teut�nia, �lvio Luiz Sangoy, Cl�udio Omar do Couto, Itamar M�ller Model e Oriovaldo de Andrade Cordeiro, ocupantes de um caminh�o Scania, pertencente a uma transportadora de bebidas de Santa Maria. Paulo Gilberto Rossini Brum, que tamb�m estava no Scania, foi o �nico sobrevivente da trag�dia. INC�NDIO - Outro acidente que causou grande impacto foi o registrado no dia 22 de fevereiro de 1991 no km 27 da RS 509, na Linha Fac�o, envolvendo os autom�veis Gol, dirigido por L�o Ant�nio Azambuja, gerente da Caixa Estadual de Cruz Alta, que estava acompanhado de Bernardete de Vasconcelos Drug, e o Fusca, que era guiado por El�i Dias da Cruz. Segundo vers�es da �poca, o Gol trafegava no sentido Candel�ria/Santa Cruz, quando o motorista teria perdido o controle, vindo a colidir de frente com o Fusca, que seguia em sentido contr�rio. Com o choque, iniciou-se um inc�ndio de grandes propor��es, que atingiu os dois ve�culos, matando as tr�s v�timas, que tiveram os corpos carbonizados. COMO��O - No dia 23 de fevereiro de 2007, um acidente na altura do km 18 da ERS 400, em Picada Karnopp, foi um dos fatos que causou maior como��o no munic�pio. Por volta das 6h da manh�, o autom�vel Vectra, ano 95, placas IEF 8776, dirigido por Jair Welfle, 45 anos, perdeu o controle na curva e caiu em um a�ude de propriedade de Ivo Grohe, na localidade de Picada Karnopp. Com Velfle tamb�m estavam Mauro Juarez Pohlmann, 45 anos, Francisco Florindo da Silva J�nior, 25, conhecido por "Chiquinho", e Rafael Vieira, de 20 anos. Ambos voltavam de uma viagem ao Paraguai, onde haviam efetuado compras. Os quatro morreram afogados no acidente.