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Geral 26/04/2019 07:40
Por: Redação

Mensagens e lembranças da Fabi da Cultura

Homenageada por inúmeras mensagens nas redes sociais, a Folha também colheu alguns depoimentos sobre a servidora falecida esta semana, que certamente deixará muitas saudades

Causou profunda consternação na comunidade candelariense a notícia da morte da servidora municipal Fabiana Regina Faber, confirmada na terça, 23, em consequência de um câncer. As redes sociais registraram inúmeras mensagens de apoio à família e de homenagens a uma personalidade que somou quase 20 anos de atuação na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, razão pela qual tornou-se conhecida como Fabi da Cultura. A matéria veiculada pela Folha em seu site/face já soma quase 10 mil pessoas alcançadas, na qual é possível verificar também inúmeras mensagens. A par delas, o jornal ainda colheu alguns outros depoimentos de pessoas que conviveram com a servidora falecida aos 43 anos de idade, ilustrativos não só de sua exemplar atuação profissional, mas também de um ser humano que certamente deixará muitas saudades. Em paralelo aos depoimentos, a Folha veicula também várias imagens fotográficas da Fabi, lembranças que mostram, invariavelmente, um natural e espontâneo sorriso, com o qual demonstrava o seu profundo amor pela vida.

“Quando eu cheguei pela primeira vez na Feira do Livro de Candelária ainda não tinha a compreensão de um animador cultural para uma Feira do Livro. Eu estava trilhando meus primeiros passos e a Fabi me recepcionou com todo carinho e me orientou sobre as demandas da feira. Estávamos no final do século passado. Muitos anos se passaram e tive a alegria de retornar para Candelária em 2018, convidado pela Fabi mais uma vez. Seu sorriso amigo e fraterno sempre foram o seu melhor cartão de visita. Uma profissional competente, comprometida com o fazer literário e desejosa de que todas as ações acontecessem da melhor forma. Nesta última Feira do Livro, ela seguiu comigo nas escolas. O brilho nos olhos de crianças e adultos, encantados pelas histórias, era o mesmo no olhar da minha amiga. Haveremos de nos encontrar muitas vezes. Os céus estão em festa com uma ‘comandante da literatura’ organizando Feiras do Livro e motivando para a alegria da leitura”.
(Roger Castro, animador cultural)

“Falar de uma pessoa como a Fabi, como era conhecida, é o mesmo que falar de um anjo. Sempre com um sorriso, nos acolhendo na Casa de Cultura. Foram inúmeras exposições e com muita competência e dedicação organizava e deixava o espaço impecável. Nós, artistas do Atelier Li Arte, queremos agradecer ao nosso anjo por todo o carinho que sempre dedicou à arte”.
(Liséte Gewehr, artista plástica)

“Venho do meio esportivo, ambiente em que aprendi a lutar por cada centimetro de uma quadra, pista ou campo de jogo. Quando conheci a Fabi ela me ensinou a lutar por algo muito maior: a lutar pela vida, por cada dia que Deus nos concede, a superar desafios com a certeza de que conseguiria alcancar os objetivos. A Fabiana era a chama que me ligava, que me fez ser uma pessoa melhor, um funcionário melhor. Era mais uma irmã que Deus me concedeu. A Fabi é luz que não se apagou, pois o legado que ela deixa é para a eternidade.Obrigado, minha querida General! Sei que o céu está muito mais colorido e organizado e sei que um dia a Turma da Cultura estará reunida novamente a serviço de Deus”.
(Lauro Gomes, servidor municipal)

“Convivi com a Fabi por mais de 15 anos profissionalmente nas montagens de estruturas para os eventos da Prefeitura e a da Expocande. Pessoa muito lutadora, ativa e dedicada. Disso ficou uma amizade que jamais será esquecida”.
(Paulo Godoy, empresário)

O descanso de uma guerreira
Para morrer, basta estar vivo, diz um ditado muito conhecido. Pois a vida não é mais que um sopro. Certo. Mesmo assim, o desaparecimento de uma pessoa querida, de forma precoce e no auge de sua existência, nos leva a questionar esse destino. É o caso da servidora municipal Fabiana Regina Faber, de quem nos despedimos nesta semana. O dinamismo, a dedicação, a competência e um carisma pessoal único mostrados durante quase 20 anos de atuação na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte são características de uma guerreira. Mas uma guerreira do bem, da paz e de quem, em paralelo ao seu esforço profissional, lutava dia a dia pela sua família, por seus amigos e colegas. Fabi sabia dialogar e ouvir muito bem. Mas ela possuía também uma invulgar capacidade de assumir a liderança nas suas atividades. Por isso, seus colegas na Cultura muitas vezes a chamavam de general. E todos concordam que uma verdadeira guerreira não se entrega facilmente. E foi com essa tenacidade que a Fabi da Cultura, mulher também simples, lutou contra o câncer. Foi soberba a maneira e a coragem com que venceu a doença. Porém, passados cerca de 10 anos, logo depois de um intenso envolvimento na organização da Expocande de 2018, ela voltou a se defrontar com o destino, através de um novo diagnóstico de câncer. E então sua luta pela cura voltou à ordem do dia. Quem a acompanhou mais de perto pode exclamar: como lutou! Se no dia a dia sua natureza guerreira se destacava, na batalha contra a doença revelou-se ainda mais forte. Outra exclamação verdadeira é: como sofreu! Não só pelas terríveis dores físicas, próprias da doença, mas principalmente pela torturante incerteza em relação ao próprio futuro, seu e de seus familiares. Está longe de constituir exagero dizer que somente uma guerreira de enorme envergadura emocional e física levaria tão longe e com tamanha força e determinação essa batalha. No entanto, infelizmente, chegou, por fim, a hora do descanso dessa guerreira. Um repouso mais do que merecido, é justo reconhecer. Para sua família e a grande legião de amigos que deixou, ficam as muitas lembranças pelo privilégio de sua convivência. Se por um lado temos a dolorosa sensação de que uma pessoa querida que parte leva um pedaço de nós, por outro, carregamos em nossa existência seu legado e as lições aprendidas através de seus exemplos. Por isso, em meio à inevitável saudade da Fabi, seguiremos nosso caminho conscientes de que vivemos também por ela. Para que seus exemplos sirvam de inspiração e para manter acesa, enquanto vivermos, a sua memória. Que assim seja!
(Jorge Mallmann)