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Geral 27/04/2020 15:17
Por: Redação

Presidente eleito do TSE espera eleições municipais neste ano

Caso seja inevitável, ministro Barroso defende adiamento pelo menor prazo possível, evitando, assim, a prorrogação de mandato

Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, transmitido pela Rádio Gaúcha na manhã de segunda, 27, o presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, falou a repeito das dúvidas que cercam a realização das eleições municipais desde ano em função da pandemia do coronavírus. Ele afirmou esperar a realização do pleito para este ano, admitindo, porém, que tudo depende da evolução da epidemia. O ministro lembrou que o calendário eleitoral prevê a realização das convenções partidárias no final de julho com o começo da campanha em agosto. “A Justiça Eleitoral precisa fazer os testes das urnas, treinar os mesários, e teria junho como limite. Temos que monitorar a evolução da doença, ver como a curva vai evoluir. Desejaria não precisar adiar as eleições. Se for necessário, isso é papel do Congresso. Depende de uma emenda à Constituição. Se for inevitável, que seja pelo prazo mais breve possível”, declarou Barroso.

Para ele, é importante manter o processo eleitoral neste ano para que não haja prorrogação de mandato. “Mas há uma possibilidade real de que elas precisem ser adiadas". O que considera inviável, no entanto, é o adiamento para 2022, quando estão previstas as eleições nacionais. “Em primeiro lugar, por uma questão democrática: estes prefeitos e vereadores no exercício foram eleitos para quatro anos, e a população tem o direito, ao final do mandato, de decidir se quer renovar ou se quer alternância. Isto são regras de ouro da democracia. Segunda razão: se você fizer tudo coincidir, nas próximas eleições, o eleitor vai ter que votar para sete cargos. É muito nome, confuso para o eleitor fazer todas essas escolhas. Com o agravante de que as eleições nacionais têm uma pauta completamente diferente da pauta das eleições municipais. Portanto, se você faz uma coincidir com a outra, vai nacionalizar as eleições municipais ou vai municipalizar as eleições nacionais”, argumentou.