Por: Redação
Câmara aprova PL que agracia pesquisadores da paleontologia
A homenagem será através da medalha O Candelaria, a ser concedida na Expocande em 1º de maio de 2025
A paleontologia é destaque nas terras candelarienses, pois há anos, inúmeros fósseis de dinossauros e outros animais pré-históricos já foram descobertos no município, ganhando repercussão estadual, nacional e internacional.
Dentre eles, Pagosvenator candelariensis, Jachaleria
candelariensis e Guaibassaurus candelariensis. Na década de 1940, o
animal pré-histórico nominado cientificamente como ‘O Candelaria
barbouri’, levou, pela primeira vez, o nome de Candelária ao cenário
internacional.
Outrossim, “O Candelaria” está no masculino por se tratar de um procolofonoide e não leva acento atendendo a nomenclatura.
Nesta premissa, foi apresentado e aprovado em Sessão Ordinária na Câmara de Vereadores de Candelária, na segunda, 17, o Projeto de Lei de autoria do Poder Legislativo Nº 001/2025, que institui a Medalha ‘O Candelaria’, destinada a agraciar os pesquisadores, cientistas e professores que, com seu trabalho, contribuíram para construir e difundir o patrimônio fossilífero candelariense em níveis externos.
Os homenageados são indicados pela Curadoria do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues e por instituições de pesquisa ou de ensino, sejam públicas ou privadas, que guardem relação com a paleontologia.
As indicações serão analisadas pela Mesa Diretora da Câmara Municipal, que poderá aprovar ou reprovar os nomes e a solenidade de entrega da medalha ocorrerá no dia 1º de maio de 2025, durante a Exposição Industrial, Comercial, de Serviços e Agronegócio de Candelária - Expocande.
A honraria que se pretende instituir advém da necessidade de prestigiar o laboro daqueles profissionais no trato do nosso patrimônio fóssil, bem como de incentivar ações de outras pessoas a redundar em benefício da paleontologia local.
Além disso, a homenagem também servirá para destacar a repercussão científica dos nossos registros triássicos e as riquezas paleontológicas do município.
E para falar sobre o projeto, o curador do Museu Municipal de Candelária, Carlos Rodrigues, esteve na Sessão e destacou que, “em mais de duas décadas de curadoria do Museu, colecionamos surpresas a cada momento, ampliando mais e mais o volume de riquezas, que nos trazem uma singularidade a nível mundial”.
Rodrigues explanou sobre alguns locais do interior do município, onde se encontram os fósseis, como em Bom Retiro, Pinheiro, Capão do Valo, Rincão do Cedro, Rincão dos Bois, Oveiras, Rincão do Simeão, Picada Escura, Linha Facão, Linha Bernardino, Sesmaria do Cerro, Cerro dos Bayer e Sesmaria do Pinhal, que formam três paleofaunas e desde a década de 1930, somam aproximadamente mil indivíduos localizados em Candelária e compõem 39 espécies de animais encontrados no município.
Dentre os destaques na fala do curador, está o Geoparque do Vale do Rio Pardo, “este pode ser o garantidor de um grande salto cultural, turístico de Candelária, porque dentro do Geoparque, nós estamos como a sede da Paleontologia”, frisou.
Outro feito relacionado a Paleontologia municipal, é estar junto aos outros 21 municípios no Guinness Book, “participamos desta história de berço dos dinossauros, pois encontramos um interesse muito grande da comunidade mundial em Candelária por esses dois fatores e recebemos por duas vezes, a Universidade de Tübingen, da Alemanhã, Harvard, dos EUA e Bristol, do Reino Unido, que receberemos novamente no mês de março para nos visitar”, pontuou.
A medalha ‘O Candelaria’ será entregue no dia 1º de maio de 2025, durante a Expocande.
Os
homenageados
- Pesq. Dr. Agustín Guilhermo Martinelli – Museo
Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia;
- Profa. Dra. Marina Bento Soares – Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro;
- Prof. Dr. Felipe Pinheiro – Universidade Federal do
Pampa – Unipampa;
- Pesq. Dr. Voltaire Dutra Paes Neto - Universidade
Federal do Pampa – Unipampa;
- Prof. Dr. Cesar Leandro Schultz - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS;
- Pesq. Dr. Flávio Augusto Pretto - Universidade Federal
de Santa Maria – UFSM/CAPPA;
- Profa. Dra. Ana Maria Ribeiro – Museu de Ciências
Naturais – SEMMA/RS;
- Pesq. Dr. Jorge Ferigolo – Museu de Ciências
Naturais – SEMMA/RS.
(Texto: Maieve Soares | AI Câmara)