Alunos ter?o novidade na merenda escolar

Uma parceria entre a secretaria municipal de Educação de Candelária e secretaria municipal de Educação e Cultura de Vale do Sol possibilitou a realização do II Curso de Formação de Merendeiras esta semana no município. As atividades iniciaram na quarta-feira, 7, e se encerraram dia 9, na E.ME.F. Percílio Joaquim da Silveira, na Vila Fátima, em Candelária. Merendeiras do município e também de Vale do Sol se integram no curso, que tem 20 horas de duração.
Segundo a secretária municipal de Educação, Carine Carvalho, a intenção do curso é oportunizar novas práticas de alimentação para o preparo da merenda escolar, bem como incentivar os profissionais para que preparem os alimentos de maneira prazerosa e agradável, vivenciando no local de trabalho um ambiente tranqüilo e acolhedor. “Queremos integrar os participantes com dinâmicas saudáveis e empolgantes, revigorando a auto-estima”, ressalta Carine.
O cronograma estabelecido para o curso compreende palestras com profissionais nutricionistas, além de aulas práticas envolvendo as 30 alunas. Na tarde de quarta-feira, 9, a nutricionista do Irga e doutoranda em Agronegócios pela Ufrgs, Angélica Magalhães, ministrou a palestra “Farinha de Arroz – Unindo a Arte Culinária com a Ciência da Nutrição”. Ela ressaltou a importância para a economia local da utilização e valorização do cereal, destacou seu valor nutricional e como é possível substituir a farinha de trigo pela farinha de arroz. Para Angélica, esse tipo de farinha apresenta inúmeras vantagens nutricionais, pois não contém gluten, substância que está associada a intolerâncias alimentares e à doença celíaca, e apresenta um índice glicêmico mais baixo.
Além da parte teórica, a palestrante também interagiu com as alunas na cozinha. Na aula prática, foram feitos farinha láctea caseira, legumes com molho de farinha de arroz, cuca de banana e bolo de fubá. Quem aprovou essa interatividade foi a merendeira Patrícia Moreira Karsburg, que trabalha na escola municipal Willibaldo Michel, em Vale do Sol. Há quase dois anos na profissão, ela garante que cursos como este possibilitam que novos conhecimentos sejam adquiridos, além da troca de experiências. “O resultado é positivo, pois podemos levar para os alunos merendas diferentes e nutritivas, a que muitas vezes eles não têm acesso em casa”, explica Patrícia, que em sua escola ajuda os estudantes na disciplina de Técnicas Domésticas.

O arroz vai à mesa em forma de farinha

Segundo Angélica, palestras como a realizada em Candelária estão sendo feitas em diversas cidades do Estado e integram o programa de incentivo ao consumo de arroz do Irga. A intenção do Instituto Rio-Grandense do Arroz é educar para resgatar o hábito do consumo do arroz, que está se perdendo no Rio Grande do Sul, promovendo a sustentabilidade da orizicultura e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população. Embora seja uma potência na produção, produzindo cerca de 50% do cereal consumido no Brasil, o Rio Grande do Sul, principalmente a metade sul, ainda é um dos estados que menos consome arroz.