Servi?o Sentinela lan?a concurso estudantil de reda??o e desenho

Nesta quinta-feira, 17, foi o Dia Estadual da Luta Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data instituída em 2001 através da lei 11.642. O dia nacional desta luta é hoje, 18, escolhido em razão do crime que comoveu o Brasil, conhecido como “Crime Araceli” (veja a seguir). Ambas as datas têm a intenção de mobilizar e convocar toda a sociedade a participar desta luta e ajudar a combater esse tipo de violência.
Nesse sentido, aproveitando o ensejo desses dias de chamamento e conscientização, a secretaria municipal de Assistência Social e Habitação, através do Serviço Sentina e secretaria municipal de Educação, lançou um concurso de redação e desenho sobre violência. A proposta está direcionada para escolas que têm ensino médio, Colégio Medianeira, Colégio Ulbra/Concórdia, Guia Lopes, Lepage e Fábio Nackpar dos Santos, cujos alunos concorrerão com redações. Já as crianças do Centro Social Amigo da Criança e Projeto Acreditar poderão participar do concurso com a elaboração de desenhos.
Integrada fortemente ao concurso está a equipe do Serviço Sentinela, formada pela pedagoga Eliana Reolon Gelain e pelas psicólogas Roberta Crespo Moreira e Cristiane Pradella. Segundo Eliana, o concurso irá até o mês de outubro deste ano, quando os vencedores serão conhecidos no 2º Encontro de Combate e Enfrentamento a Violência. Ela ainda explica que durante este evento será lançado um livro com os textos classificados e pré-selecionados, bem como os desenhos vencedores. A publicação será divulgada em âmbito municipal, regional, estadual e federal.
VENCEDORES - Uma comissão avaliadora composta por professores de Língua Portuguesa será responsável pelo julgamento dos textos. Ao total, serão 12 redações premiadas, três de cada série do ensino médio e três do Eja, além de três desenhos do Centro Social e três do Acreditar.

Crime Araceli
O dia 18 de maio foi escolhido para ser o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes devido ao chamado “Crime Araceli”. Araceli Cabrera Crespo, 8 anos, pertencia a uma família modesta de Vitória, Espírito Santo. Sua mãe, viciada e traficante, foi, indiretamente, a causadora de seu homicídio hediondo. Em um 18 de maio ela mandou a filha entregar drogas no apartamento de jovens usuários, onde Araceli foi espancada, drogada, estuprada e morta. Seu rosto e seu corpo foram desfigurados com ácido. Seus assassinos eram jovens de famílias ricas e influentes que acabaram ficando impunes, cobertos em um manto de cumplicidade e corrupção que envolveu a polícia e o judiciário e impediu a apuração do crime e o julgamento dos acusados.
Para que situações como esta não voltem a se repetir é preciso consciência, já que a violência sexual continua existindo e roubando a infância de muitas crianças. A denúncia é a melhor alternativa e pode ser feira anonimamente através do disk 100, que atende todo o território nacional, ou através dos telefones municipais, do Conselho Tutelar, 3743 1677, e do Serviço Sentinela, 3743 1002. “Denunciar é dar voz à lei, é proteger, é enfrentar e romper o silêncio que perpetua o ciclo da violência sexual infanto juvenil”.