Aposentados ter�o 7,72% de reajuste

Em menos de cinco minutos, o Senado aprovou quarta � noite a MP que reajusta as aposentadorias acima de um sal�rio m�nimo. Em vota��o simb�lica, fruto de acordo entre as lideran�as do governo e da oposi��o, os senadores mantiveram o texto como veio da C�mara. A MP segue agora para san��o presidencial e caber� ao presidente Luiz In�cio Lula da Silva eventual veto. Ao apresentar seu relat�rio, o l�der do governo, senador Romero Juc� (PMDB-RR), indicou que o presidente Lula dever� sancionar o reajuste de 7,72% e vetar apenas o fim do fator previdenci�rio. "Acabar com o fator previdenci�rio e n�o criar nada em contrapartida � uma irresponsabilidade", discursou. Em nome do governo, Juc� avisou que a vota��o no Senado respeitaria a da C�mara para n�o atrapalhar a tramita��o da MP. Se a Casa tivesse feito qualquer altera��o no texto, a mat�ria teria de voltar para a C�mara e, assim, correria risco de caducar, j� que o prazo final para a san��o � dia 1� de junho. A vota��o foi acompanhada por uma centena de aposentados que lotou as galerias. Segundo t�cnicos do Congresso, o reajuste e o fim do fator previdenci�rio podem gerar despesa extra de R$ 5,6 bilh�es a partir de 2011. Somente neste ano, o rombo seria de R$ 1,8 bilh�o. O mecanismo do fator previdenci�rio foi aprovado no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para desestimular aposentadorias precoces e beneficiar trabalhadores que se mantivessem no mercado de trabalho. Ap�s a vota��o, Juc� disse que o veto de Lula em rela��o ao fim do fator previdenci�rio "j� estava garantido". No momento da vota��o, 78 dos 81 senadores estavam presentes no plen�rio. Antes da decis�o de manter o texto como veio da C�mara, o l�der do governo chegou a anunciar que mexeria na quest�o do fator previdenci�rio. No entanto, dois fatores pesaram para que Romero Juc� recuasse: o primeiro � que, em ano eleitoral, nenhum parlamentar quer criar ou ser respons�vel por nenhuma medida impopular. Fora isso, eventual mudan�a no texto poderia fazer caducar a Medida Provis�ria.