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25/08/2009 16:56
Por:

Um tiro no p

Edemar Mainardi • Engenheiro Civil

Tem gente por aí fazendo gol contra. Espertalhão, pensa aproveitar horário na mídia, toda segunda-feira, para alimentar a discórdia municipal. E justo em período custeado por recursos públicos. Joga, o espertalhão, contra o próprio patrimônio. Já é hora de parar com isso. Melhor ainda, já passou da hora. A eleição futura ainda não está em pauta, pelo menos no imaginário popular, e a eleição passada já faz parte da história. A ninguém é dado o poder de modificar o passado e desvirtuar a história. A ninguém! A comunidade já está enfarada disso. Chega!
No limite, o que toda a comunidade almeja é o crescimento econômico da região, com desenvolvimento e suas conseqüências sociais – mais saúde, melhor educação, mais segurança, mais oportunidades de trabalho –, e este desejo coletivo deve prevalecer sobre os interesses mesquinhos de quaisquer espertalhões que perseguem única e exclusivamente a autopromoção.
Se já é difícil atender a demanda coletiva com todas as forças unidas, somando esforços em sinergia positiva, imagina, então, fazê-lo com inimigo na trincheira. E inimigo do povo, sendo regiamente remunerado com dinheiro do povo, que pensa ser mais esperto que os outros e fica dando tiro no pé ao pregar a discórdia.
Objetivo? Ver a casa pegar fogo. Quanto pior, melhor. Tudo em nome de uma a eleição futura, ainda distante e que nem passa pela cabeça de quem vai decidi-la: o povo.
Esquecem, os espertalhões, ou ignoram, que a aprovação popular que brota das urnas nas eleições é conseqüência de um trabalho sério, voltado para o interesse coletivo, e de ações inteligentes, dirigidas ao bem comum. Esquecem, ou ignoram, que a História não registra vencedores perenes calcados em comportamentos inconvenientes. A esses, a História reserva um brilho passageiro, efêmero e meteórico. Aparecem, dão o prefixo e saem do ar, para felicidade geral. E somem com o pé furado, resultado de tiro da própria pistola. Quer muito pregar discórdia? Pois que o faça, afinal, estamos vivendo num país livre, graças a Deus e aos homens de bem. Mas que o faça com estipêndios do próprio bolso e não em período custeado pelos escassos recursos públicos. A punição para tais comportamentos é o pior dos castigos, aquele que mais atemoriza o homem público: cair no esquecimento do povo. Desse jeito, vai viver no ostracismo e com o pé furado.