Futebol: Reflex?es sobre o jogo da vida

Não adianta desconversar, o assunto na boca do povo é o futebol, principalmente diante do sucesso do Grêmio na Libertadores. O Grêmio está subindo degraus para alcançar o nível que o Inter chegou no ano passado. É certo que o Grêmio já venceu o Mundial, mas é que faz muito tempo, mais especificamente 24 anos. Como colorado, tenho que parabenizar os gremistas pelas façanhas, mas lembrá-los que ainda faltam alguns degraus. Falta passar pelo Santos. Se passar do Santos, ainda tem a final contra, quem sabe, o Boca Juniors, da Argentina? Depois disso, mesmo tendo erguido a taça, o Grêmio enfrentará o torneio em Tóquio, cujo maior time a ser batido é o Milan. Time este do porte do Barcelona e bastante superior ao Hamburgo de 1983. Vencendo o Milan, o Grêmio alcançará pela 2a vez o grande feito e subirá no degrau que atualmente pertence ao Internacional.
O assunto esteve ao redor do futebol também diante da façanha almejada e alcançada por Romário - os 1000 gols! O baixinho que falou tanta bobagem, agora, bastante maduro, agradece a família e a Deus. Foi bonito e comovente sentir suas sinceras palavras de agradecimento ao “Papai do Céu”, principalmente por virem dele que ganhou a fama de ser arrogante. O fato é que no Jogo da Vida as derrotas nos ensinam a vencer. Mas, afinal, Deus se mete em futebol, ou não? Alguém certa vez disse que Jesus não gostava de futebol, pois mandou “parar bolas”. Sabemos, no entanto, que ele apenas falou por “parábolas”.
Brincadeirinhas à parte, há um tempo, assistindo a um jogo do Inter, alguém me pediu, como pastor, para orar pela vitória do colorado. Será que adiantaria? Alguns diriam que o time do Inter está tão ruim que nem mesmo Deus poderia auxiliar. Mas, obviamente não é por aí. A reflexão é simples - Deus não poderia tomar parte, pois não pode auxiliar um time e deixar o outro, visto que ele é Deus de todos. Podemos até pedir o êxito para o nosso lado, mas já sabendo de antemão que prevalece a sua soberana vontade de amor por todos.
Deixando as brincadeiras ainda mais de lado, sempre é bom refletirmos sobre o Jogo da Vida. Como andamos no Jogo da Vida? Para que time nós torcemos? No Jogo da Vida não existe Inter nem Grêmio! Com que nível de raça você vive o Jogo da Vida? Que aprendizados, que fundamentos você segue? Em uma competição acirrada como a Libertadores, qualquer detalhe pode ser fatal! No Jogo da Vida ainda mais! Às vezes um time pode entregar a classificação no final do jogo. O mais difícil é que no Jogo da Vida nós não sabemos quando a coisa vai terminar. Não existe a marca de 45 minutos! Não existem 1o e 2o tempos! O jogo pode terminar hoje, pode terminar amanhã, sei lá!? E se o jogo da sua vida terminasse agora, você seria vencedor? Você está ganhando ou perdendo o jogo?
Por meio da Bíblia, Deus é o grande treinador para as jogadas do dia-a-dia! Um dia Ele será o grande Juiz! Mas, sobretudo, em Cristo, é o craque que garante a vitória. Nele somos mais que vencedores! (Rm 8.37). Ele já venceu a morte! Ele venceu o diabo e as aflições do mundo! Longe dele seremos derrotados, por isso Ele nos exorta a permanecermos firmes. Ele diz: Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10). A medalha, a taça da vida eterna será comemorada com os bem-aventurados herdeiros do reino dos Céus. E lá estarão gente de diferentes times, mas todos filhos do mesmo Pai, o Papai do Céu - como disse Romário.

Pastor Ismar Lambrecht Pinz