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Geral 23/05/2025 15:59
Por: Odete Jochims

Dia da Indústria, setor impulsiona economia, mas enfrenta escassez de mão de obra

  A economia de Candelária está se transformando a olhos vistos. De acordo com o IFDM, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado neste mês, de 2013 a 2023 o município saltou de um baixo desenvolvimento na área de Emprego & Renda (0,5906) para um resultado que beira o desenvolvimento alto (0,7992). E um destes motivos tem sido a crescente presença da indústria no PIB de Candelária.

  Nesse sentido, em alusão ao Dia da Indústria, celebrado em 25 de maio, a reportagem da Folha conversou com o secretário municipal de Indústria e Comércio, Flávio Karnopp, e com Andreza Siqueira, responsável pelo sistema de intermediação de mão de obra do FGTAS/Sine. Segundo eles, a indústria não apenas gera empregos, como também movimenta a economia de forma ampla, fortalecendo o comércio, os serviços e ampliando a arrecadação municipal. “Hoje, o maior contribuinte em impostos em Candelária é o setor industrial, especialmente no retorno de ICMS”, pontua Karnopp.

  Um dos sinais mais claros da força da indústria em Candelária é a expressiva participação de trabalhadores do setor. Enquanto no Rio Grande do Sul pouco mais de 25% dos empregos formais estão na indústria, em Candelária esse número é significativamente maior: 46% dos trabalhadores com carteira assinada atuam nesse segmento, segundo dados do Caged. E, nestes números, não estão contabilizados o montante considerável de trabalhadores que atuam em indústrias da região. “Isso mostra que a indústria vai além dos limites do município e representa renda trazida de fora, o que impacta positivamente toda a economia local”, observa o secretário.

    Mão de obra

  Apesar do momento positivo, a indústria local enfrenta um entrave que já dura algum tempo: a escassez de mão de obra. Atualmente, segundo Andreza, existem pelo menos 225 vagas abertas somente nas indústrias do município e da região, que aguardam por trabalhadores qualificados.

  Karnopp acrescenta que essa realidade impacta diretamente a vinda de novos investimentos. “Se a empresa não consegue contratar, ela pensa duas vezes antes de se instalar aqui”, pontua. Apesar da carência de mão de obra, o secretário enfatiza a localização geográfica e a infraestrutura energética como trunfos do município. “Para quem pensa em distribuir para o estado, temos um dos melhores pontos possíveis; e, na questão energética, temos duas subestações que dão segurança ao setor”, avalia.