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25/08/2009 16:56
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Discuss?o acaba em morte na Ewaldo Prass

Uma discussão acabou em morte na noite da última sexta-feira, 29, na Vila Ewaldo Prass. Julio Nazareno Barbosa, mais conhecido por “Julinho”, foi a vítima fatal. Ele foi atingido por pelo menos três disparos de um total de cinco desferidos por um menor, na esquina da rua Castelo Branco com Botucaraí, próximo ao Posto de Saúde. “Julinho” ainda chegou a ser socorrido por populares, mas pouco antes de dar entrada no Hospital Candelária, acabou morrendo.
Segundo o irmão da vítima, Juliano Barbosa, o autor teria sido um adolescente de 17 anos. A polícia fez buscas no bairro Ewaldo Prass mas não encontrou o acusado. Após a confirmação do óbito no hospital, o corpo da vítima foi encaminhado pela Funerária Freitas para exame de necrópsia no DML de Santa Cruz do Sul, sendo após liberado aos familiares para os atos fúnebres. O velório aconteceu no necrotério municipal e o sepultamento às 16h de quarta-feira, 30, no cemintério municipal. Julinho tinha 24 anos e era solteiro. Ele deixa enlutados os pais, o irmão e demais parentes e amigos.

DEPOIMENTO - A suspeita da autoria do crime foi confirmada na manhã de ontem, 31, quando o jovem de 17 anos compareceu na delegacia de polícia acompanhado do avô e do advogado Joel Pereira Nunes. Ele contou que estava parado juntamente com um amigo na esquina das ruas Castelo Branco e Botucaraí, próximo ao Posto de Saúde da Vila Ewaldo Prass. Por volta das 21h, “Julinho” vinha caminhando em direção a eles quando estavam saíndo da vila. Segundo o menor, ele teria se referido a “Julinho”, chamando-lhe de “cabeça” e logo em seguida complementou chamando-o de “cabeça de lata”. Julinho não teria gostado e retrucou com palavrões. O menor disse que não deixou por menos e também dirigiu palavrões à vítima. Julinho, nervoso, então lhe teria dado um empurrão e, em seguida, sacado um revólver calibre 38 que tinha às costas, na altura da cintura, e desferido contra ele um coronhaço na cabeça. Após a coronhada, “Julinho” teria deixado a arma cair no chão, quando teria acontecido um disparo.

REVIDE – O menor disse que após o disparo sua perna esquerda “esquentou”, pegando o revólver do chão e efetuado de um a dois disparos contra “Julinho”. Após os tiros, o menor disse que largou a arma na rua e fugiu do local de bicicleta. Ele contou ainda que apenas o amigo que estava com ele havia presenciado os fatos. O menor disse ainda que tinha “Julinho” como um amigo, que atirou nele apenas para se defender e que não teve a intenção de matá-lo. O menor apresentou à polícia um laudo médico comprovando as lesões. Após o depoimento, o menor foi liberado.
Segundo os investigadores, pelo fato do acusado ser menor, foi instaurado procedimento de apuração de ato infracional. Nos próximos dias, a polícia deverá ouvir o depoimento da testemunha que presenciou o crime.