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25/08/2009 16:56
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Ainda as assessorias

Caiu por terra, pelo menos por ora, a pretensão da maioria dos vereadores de Candelária de contratar assessores legislativos. O recuo foi motivado, segundo a versão oficial, pelo risco de anulação das nomeações por infração a dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe aumento de gastos com pessoal nos últimos 180 dias de mandato do presidente da Câmara. Seja como for, tal desfecho, respeitando opiniões em contrário, beneficia os interesses do conjunto da coletividade candelariense.
Em editorial publicado na edição do último dia 1º, a Folha emitiu opinião contrária ao projeto que legitimava a contratação de um assessor para cada vereador do município. Para tanto foram apresentadas algumas razões que, conforme está escrito, estão sujeitas a revisões futuras, desde que sejam motivadas por argumentos convincentes. Porém, nenhuma das defesas das assessorias até aqui apresentadas ainda não teve a força de alterar o ponto de vista contrário defendido pela Folha.
O presidente da Casa, Anselmo Vanderli da Silveira, o Vandi, foi um dos que abordou o assunto na sessão passada, citando, inclusive na sua argumentação, o editorial citado. Alegou que em municípios como Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Cachoeira do Sul, Canoas e Joinville os vereadores possuem assessores. A partir desse comparativo, a Câmara de Candelária, segundo Vandi, também poderia contratar assessores. Mais adiante o vereador declarou que seria justo estranhar que o município de Passa Sete tivesse assessores no Legislativo, mas Candelária não.
Veja-se o que consta do editorial: “(...). Sabe-se que as assessorias são uma realidade em municípios como Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul, cujo patamar econômico está bem acima dos demais na região. Por outro lado, em municípios como Vera Cruz, Rio Pardo, Sobradinho e Arroio do Tigre, que têm um perfil mais parecido com Candelária, as respectivas Câmaras Municipais ainda não adotaram tal ‘avanço’. (...)”. Portanto, é razoável que se estranhe e se conteste a contratação de assessores em municípios como Passa Sete e também Candelária.
A Folha reitera, por fim, que aceita com tranqüilidade contestações às suas posições e eventuais críticas ao seu trabalho. Por outro lado, o jornal irá prosseguir uma linha editorial comprometida com a verdade e com os melhores interesses das coletividades em que está inserido.