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Geral 09/01/2021 10:20
Por: Redação

Mapa preliminar coloca 19 das 21 regiões em bandeira vermelha

Apenas as regiões de Ijuí e Santa Rosa foram classificadas na bandeira laranja. O Vale do Rio Pardo segue na vermelha

O governo estadual apresentou no final da tarde de sexta, 8, o mapa preliminar da 36ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado. Um total de 19 das 21 regiões Covid estão com alto risco epidemiológico, o que representa 95,8% da população gaúcha sob alto risco de contaminação e, principalmente, esgotamento de leitos. Apenas duas regiões – Ijuí e Santa Rosa – ficaram na bandeira laranja. O Vale do Rio Pardo também manteve a classificação em bandeira vermelha.

Entre os indicadores levados em consideração na classificação de risco, o que mais chama a atenção é o número de leitos de UTI livres em relação aos ocupados por pacientes com Covid-19: todas as 21 regiões receberam bandeira preta. O dado demonstra que a tendência já observada desde o mês de novembro, de elevada quantidade de pacientes internados, se manteve neste início de ano.

Não só a capacidade de atendimento do sistema de saúde preocupa o governo do estado, o avanço no contágio do coronavírus também. No entanto, apesar de os registros de hospitalizações por confirmados para Covid-19 ter aumentado de 794 para 1.567, registrando uma alta de 97%, o Comitê de Dados observa que uma hipótese para esse crescimento seria um atraso dos registros das duas semanas anteriores causado pelos feriados de Natal e Ano-Novo, o que culminou no salto de registros de hospitalizações em quase todas as regiões na semana vigente. Esses movimentos se verificam em períodos de feriados prolongados, especialmente nas festas de final de ano, como também ocorreu nos demais estados brasileiros.

Mapa da semana ainda não é influenciado pelas festas de fim de ano

De acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, o fato de a grande maioria das regiões ter ficado com a bandeira final vermelha já representa um sinal de alerta para a população redobrar os cuidados, mas, além disso, as festas de fim de ano ainda não tiveram impacto nos dados do mapa desta semana.

“Ainda não temos como aferir o impacto no crescimento da transmissão do vírus como resultado do período de final de ano, Natal e Ano-Novo. Então, o fato de não ter bandeira preta não significa que possamos, neste momento, deixarmos de estar vigilantes em relação ao contágio. É fundamental evitarmos aglomerações, fazer o uso da máscara e lavar bem as mãos, porque a situação é crítica, como mostra a classificação preliminar”, afirmou Arita.

O Gabinete de Crise vem reforçando que os protocolos específicos para cada bandeira não eliminam a necessidade de cumprimento dos protocolos obrigatórios previstos no Distanciamento Controlado e que devem ser respeitados em todas as bandeiras, entre eles:

Uso de máscara

É obrigatório utilizar máscara de proteção facial em ambiente coletivo fechado ou aberto. Não retirar a máscara para facilitar a comunicação, pois é justamente ao falar que se emitem mais partículas, ampliando as possibilidades de transmissão.

Distanciamento mínimo obrigatório entre pessoas em ambientes em geral:

2 metros sem máscara ou EPI

1 metro com máscara ou EPI

Evitar aglomerações

Evitar o uso de espaços comuns que facilitem a aglomeração de pessoas, a fim de preservar o distanciamento mínimo obrigatório entre pessoas e evitar a aglomeração.

Higienização de ambientes

Além de higienizar os ambientes a cada duas horas, os estabelecimentos devem exigir que clientes, trabalhadores, alunos ou usuários higienizem as mãos com álcool em gel 70% e/ou preparações antissépticas ou sanitizantes de efeito similar ao acessarem e saírem do estabelecimento.

RESUMO DA 36ª RODADA

Regiões que apresentaram piora (7)

LARANJA > VERMELHA

Cruz Alta (em cogestão)
Guaíba
Erechim (em cogestão)
Novo Hamburgo (em cogestão)
Santa Maria (em cogestão)
Taquara (em cogestão)
Uruguaiana

Regiões que continuaram iguais (12)

VERMELHA

Cachoeira do Sul (em cogestão)
Canoas (em cogestão)
Capão da Canoa (em cogestão)
Caxias do Sul (em cogestão)
Erechim (em cogestão)
Lajeado (em cogestão)
Palmeira das Missões (em cogestão)
Passo Fundo (em cogestão)
Porto Alegre (em cogestão)
Santa Cruz do Sul (em cogestão)
Santa Maria (em cogestão)
Santo Ângelo (em cogestão)

Regiões que apresentaram melhora (2)

VERMELHA > LARANJA

LARANJA (2)

Ijuí (em cogestão)
Santa Rosa (em cogestão)

Clique aqui e acesse a nota técnica com as justificativas de classificações das regiões.

DESTAQUES DA 36ª RODADA

O número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid aumentou 97% entre as duas últimas semanas (794 para 1.567);
O número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) reduziu 9% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras, passando de 1.104 para 1.008;
O número de internados em leitos clínicos com Covid no RS aumentou 7% entre as duas últimas quintas-feiras;

O número de internados em leitos de UTI com Covid no RS reduziu 9% entre as duas últimas quintas-feiras;

O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS aumentou 14% entre as duas últimas quintas-feiras;

O número de casos ativos reduziu 19% entre as últimas semanas consideradas, de 33.412 para 27.200;

O número de registros de óbito por Covid reduziu 10% entre as duas últimas quintas-feiras;

As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (333), Caxias do Sul (259), Passo Fundo (193), Canoas (98), Santa Maria (87) e Novo Hamburgo (77).
 

Comparativo: situação entre 10 de dezembro e 7 de janeiro

O número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid aumentou 17% no período (1.338 para 1.567);

O número de internados em UTI por SRAG reduziu 10% no Estado no período (1.115 para 1.008);

O número de internados em leitos clínicos com Covid no RS reduziu 17% no período (1.375 para 1.147);

O número de internados em leitos de UTI com Covid no RS reduziu 5% no período (915 para 869);

O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS aumentou 49% no período (de 407 para 605);

O número de casos ativos aumentou 8% no período (de 25.221 para 27.200);

O número de óbitos por Covid acumulados em sete dias aumentou 3% no período (de 409 para 421).