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25/08/2009 16:56
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Os valores de cada um

“Acompanhando as mudanças sociais, econômicas e culturais da sociedade, a Escola Concórdia investe na qualificação de seus alunos para obterem ótimo desempenho no processo seletivo e na adaptação à vida na universidade. Textos enfocando temas atuais foram escritos pelos alunos da turma do 3º ano do ensino médio, na disciplina de Produção Textual, ministrada pela professora Rejâne Costa”, Vanessa Hintz Finkler, orientadora educacional do Ulbra/Concórdia. Confira nas próximas edições outros textos dos alunos.

* Por Aline Schultz - Estudante da Ulbra/Concórdia
Quando se fala em valores, o que mais se pode notar é a grande presença de bens materiais. Para a atual juventude, o único interesse realmente verdadeiro é baseado em eletrônicos e cosméticos. Sentimentos e afetos são considerados apenas por uma pequena parcela da comunidade, o que retrata um materialismo absurdo e preocupante.
Se fosse preciso fazer uma lista dos sete valores capitais dos jovens, antes de qualquer opinião ou resultado, esta enquete deveria ser publicada em uma revista de fofocas ou em um site de moda na Internet. Caso contrário, essa proposta nem chegaria ao conhecimento do público-alvo.
Depois dessa providência, o resultado obtido seria catastrófico: em 7º lugar ficariam as bijuterias com “strass” em formato de cifrão; 6º lugar, as roupas de marca mais caras e excêntricas da vitrine da loja no centro da cidade; 5º lugar seria do revolucionário gloss multiefeito, garantindo mais brilho e duração; 4º lugar ficaria com o gatinho mais popular do colégio (não pelo fato de sentir algo, mas ele é o mais cobiçado, o assunto do momento); 3º lugar, o computador com MSN, youtube, orkut; o 2º lugar seria o MPA, pois é impossível uma geração como essa viver sem os famosos “hip hop’s” e “funks”; e o 1º lugar iria para o novo celular, aquele que tira fotos com ótima resolução.
Cultura, carinho, família, amizade, sabedoria, amor e harmonia vão ficando esquecidos e afogados nessa maré de materiais reluzentes e de alumínio.
O que falta, principalmente, é um coração enorme feito de algum metal para que as pessoas o penduram no pescoço e lembrem dele de vem em quando.