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Recome?as: as li??es da areia
Tenho um filho de 3 anos de idade. Ele gosta muito de brincar, de fazer castelos, torres, etc. Ele faz isso com aqueles brinquedinhos de montar. Mas, o que ele mais gosta, parece ser derrubar e fazer de novo, recomeçar.
Confesso que muitas vezes não compreendo esta atitude, mas basta recordar um pouco e lembrar que, com minha turma de infância, fazíamos igualzinho. Demorávamos tempo para construir barracas de acampamento, como se fossemos soldados, e logo depois derrubávamos com alegria. Alguns diriam que era um instinto destruidor, mas que nada, bem longe disso! Talvez, no fundo, no fundo, fosse a vontade de recomeçar.
Para os adultos, recomeçar nem sempre é fácil. É difícil admitir erros, é difícil mudar conceitos, mas recomeçar é necessário. Não tão prazeroso como é para as crianças, mas é necessário!
Alguém escreveu sobre um importante aprendizado a partir da observação de algumas crianças. O autor, que eu não sei quem é, escreveu assim:
"São pequenas as coisas que nos ensinam muito. Num dia de verão, eu estava na praia, espiando duas crianças na areia. Trabalhavam muito, construindo um castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam perto do final do projeto veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma. Achei que as crianças cairiam no choro, depois de tanto esforço e cuidado, mas tive uma surpresa: em vez de chorar, correram para a praia fugindo da água, rindo, de mãos dadas, e começaram a construir outro castelo. Compreendi que havia recebido uma importante lição: tudo em nossa vida é passageiro, tudo é feito de areia; o que permanece é o relacionamento que temos com as outras pessoas e com o próprio Deus. Mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir ou apagar o que levamos tanto tempo para construir. E, quando isso acontecer, somente aquele que tiver as mãos dos outros para segurar, será capaz de rir e recomeçar."
Mas, se por acaso não perceberes nenhum companheiro te estendendo a mão, não desesperes! A mão de Deus está sempre estendida, aberta, pronta para te defender e te guiar. Aliás, foi com mãos abertas que Cristo foi crucificado em uma cruz. Ali ele conquistou o perdão para todos. É nesse perdão que podemos encontrar força para RECOMEÇAR, mesmo quando os "castelos" de nossas vidas estiverem destruídos.
Pastor Ismar Lambrecht Pinz