Logo Folha de Candelária
25/08/2009 16:56
Por:

Sindicato Rural sedia reuni?o da Farsul

O Sindicato Rural de Candelária sediou na quarta-feira, 14, a reunião mensal da regional 9 da Farsul – Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul –, sob o comando do coordenador Mauro Flores e com a participação de representantes de sindicatos rurais de Sobradinho, Santa Cruz do Sul, Arroio do Tigre e Venâncio Aires, além do presidente da Afubra, Marcílio Drescher e do engenheiro agrônomo do Irga Luciano Siqueira.
Preliminarmente foi tratado sobre uma ação judicial movida por um produtor rural contra a CEEE e AES Sul. Em 1983, a CEEE teria incorporado a seu patrimônio a rede construída às expensas do produtor. Com a incorporação de parte da estatal pela AES Sul, a briga judicial teve um empurra-empurra e ninguém quis assumir a responsabilidade pelo ressarcimento. A matéria já recebeu parecer positivo dos desembargadores do Tribunal de Justiça e deverá dar início a outros processos. A prescrição se dá em 24 anos.
Depois, a pauta passou pelo preço e comercialização do fumo, em que cada líder fez um relato sobre a política de compras das indústrias. A baixa na classificação foi o tema principal, e neste sentido Marcílio Drescher informou que a Afubra já está organizando comissões para acompanhamento do recebimento do fumo nas fumageiras, como forma de fiscalizar a compra e garantir um preço melhor aos produtores.
ATO DECLARATÓRIO – O Ato Declaratório Ambiental – Ada –, declaração que o proprietário de imóvel rural deve encaminhar ao Ibama para referendar a declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) e conseguir, assim, isenção do tributo sobre as áreas de preservação permanente e de uso limitado, também foi assunto da reunião. O que era para ser uma taxa eventual, recolhida apenas quando há alteração nas áreas de preservação permanente ou de reserva legal, está sendo transformada num tributo anual, com fins arrecadatórios, gerando inconformismo por parte dos associados dos sindicatos.
HABITAÇÃO – Mauro Flores relatou também que em breve um convênio com a Caixa Federal irá proporcionar habitação rural aos associados dos sindicatos rurais. Contatos foram mantidos com um engenheiro de Santa Catarina, que estará nos próximos dias em Porto Alegre para explicar o funcionamento no estado vizinho, que oportuniza a escolha de uma entre cinco tipos diferentes de moradias.
ARROZ – O engenheiro agrônomo do Irga Luciano Siqueira aproveitou para fazer um relato sobre a situação por que passam os orizicultores. Segundo eles, é grande o endividamento em decorrência de financiamentos e custos de produção, que se avolumam a cada ano. Atualmente, segundo ele, ainda existem estocados 970 mil toneladas de arroz da última safra. O estoque regulador do governo teria, extraoficialmente, 270 mil, e cujo consumo se daria em apenas nove dias. Segundo ele, as indústrias se aproveitam do período pré-colheita, em que os arrozeiros necessitam retirar o produto dos galpões e silos para acomodar a nova safra, desclassificando o produto. “Tem gente que vendeu arroz a R$ 14,60 a saca de 50 quilos”, explicou, lembrando que há algumas semanas o preço estava em R$ 23,00.
Ao final da reunião, já que os assuntos não chegaram a ser animadores, os participantes pelo menos foram brindados com um excelente churrasco, preparado pelo sempre competente Alvandir Marques.