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25/08/2009 16:56
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A??o do Sentinela quer evitar explora??o sexual durante o Carnaval

Foi lançada na terça-feira, 13, em Porto Alegre, uma campanha contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes durante o período de Carnaval. As psicólogas da secretaria de Assistência Social de Candelária Roberta Crespo Moreira e Cristiane Pradella estiveram representando Candelária e explicaram que a ação inclui colocação de cartazes e distribuição de panfletos e adesivos na cidade no período que antecede as festas de Momo. Elas integram o Programa Sentinela, desenvolvido conjuntamente pela União, estados e municípios para o enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. Além dos panfletos, que pedem proteção para as crianças e adolescentes, a conscientização da população é fundamental para que casos de abuso sejam denunciados. O Sentinela mantém plantão diuturnamente durante todo o ano e pode ser acionado por qualquer telefone ao número 100.
CARNAVAL – As festas de Carnaval, aliadas ao consumo de drogas e bebidas alcoólicas, propicia que meninas e meninos se tornam presas fáceis de exploração sexual. Nos últimos quatro anos, foram registrados no Brasil 29 mil denúncias desta ordem. Atualmente, o número 100 recebe 2400 telefonemas diários. De 100 destas denúncias, 44 são apuradas e comprovadas de que há exploração sexual. Oficialmente existem mapeados pelas estradas do país 1200 pontos críticos em que, principalmente, caminhoneiros são abordados por meninas. “Com um trabalho de conscientização, estas pessoas poderão desempenhar o papel de agentes multiplicadores para que a prática seja denunciada”, explicou Cristiane. No Rio Grande do Sul, 76% dos casos de violência contra menores são praticados dentro de suas próprias residências, e na maioria das vezes a denúncia é coibida. A boa notícia fica por conta do quarto lugar que os gaúchos ocupam no ranking de denúncias. “Isto é uma mostra de que o trabalho vem dando resultados”, disse Roberta. Quem liga para o 100 não precisa se identificar, não correndo o risco de represálias por parte do transgressor. A Secretaria de Justiça e Segurança do Estado repassa as informações aos órgãos com poder de fiscalização e que irão apurar os casos, como o Conselho Tutelar e Promotoria de Justiça. “Saber que existe violência e omitir a informação também é uma forma de colaborar com a exploração”, complementou a psicóloga.