Novo cenário da pandemia preocupa autoridades de saúde locais

Ouvida na tarde de quinta, 13, pela reportagem da Folha, a secretária municipal de Saúde de Candelária, Grazieli Priebe, descreveu como preocupante o novo cenário da pandemia, a partir da impressionante aceleração da curva de crescimento de novos casos observada nos últimos dias. A fim de ilustrar o agravamento do quadro, ela informou que os atendimentos no centro respiratório da Ulbra triplicaram nos últimos dias. Além disso, a secretária também manifestou preocupação com o aumento de hospitalizações. Em paralelo à chegada da nova cepa do vírus, batizada como ômicron, Grazieli acrescenta ter ocorrido um natural relaxamento das pessoas em relação aos cuidados de prevenção. Neste sentido, ela reforça a necessidade da população seguir usando as máscaras de proteção, higienizar as mãos sempre que possível, além de evitar aglomerações.

De forma geral, os especialistas de saúde reiteram a importância das pessoas se vacinarem, principalmente a partir deste novo panorama gerado pela ômicron. A secretária Grazieli lembra que antes do apagão nos números da vacinação, causado por um ataque de hacker, o município contabilizava um percentual de 15% a 18% de pessoas a partir de 12 anos sem nenhuma dose dos imunizantes disponíveis contra a covid-19. “São pessoas que mais preocupam, uma vez que apresentam imunidade zero em relação a qualquer variante do coronavírus”, destacou. O coordenador do COE (Centro de Operações de Emergência) Covid Municipal, Jorge Mallmann, destaca que as vacinas, por si só, não impedem as contaminações. No entanto, as estatísticas demonstram à exaustão que a imunização evita, na grande maioria dos casos, infecções mais graves nos pacientes contaminados. Neste aspecto, ele compara a vacina com a proteção oferecida por um protetor solar. “As pessoas com protetor solar podem até se queimar com a exposição do sol, principalmente se não se cuidarem. Mas, certamente, sem o protetor, as queimaduras serão muito mais severas. As vacinas também têm o efeito de suavizar de forma acentuada os efeitos da infecção pela covid-19, evitando, dessa forma, na maioria dos casos, as hospitalizações e diminuindo o número de mortes”, explicou.