Por: Diego Foppa
Polícia investiga suposto desvio na Câmara
Inconsistências contábeis somam R$ 98.255,48 e investigação está em fase inicial
A Polícia Civil de Candelária está investigando inconsistências nas movimentações contábeis da Câmara de Vereadores de Candelária. Em nota, o Legislativo esclareceu que o suposto fato foi identificado durante conferências internas realizadas pelos servidores da Câmara. Conforme o comunicado, as inconsistências contábeis vieram à tona em julho deste ano, durante a verificação de exercícios anteriores. Neste sentido, a Mesa Diretora encaminhou dois ofícios, sendo um ao Ministério Público (MP) e outro à Prefeitura, requerendo a instauração de uma sindicância ou processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do servidor supostamente envolvido, que foi cedido para à contabilidade da Câmara entre 2017 e 2023, após a aposentadoria do contador do Legislativo. “As inconsistências apontadas dizem respeito a notas de despesa extraorçamentária, totalizando R$ 98.255,48, valor que motivou os encaminhamentos às autoridades competentes”, diz parte do comunicado enviado à imprensa. Por fim, a Câmara ainda salienta que aguarda o desfecho da investigação policial para definir as próximas medidas a serem adotadas.
Também em nota, a Prefeitura afirmou que a investigação é iniciativa da Câmara Municipal e, a pedido do Legislativo, irá ceder sua Comissão de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar e Especial. Atualmente, o servidor segue exercendo suas funções no Executivo, como servidor de carreira, executando atividades no setor de Controle Interno. “Eventuais medidas administrativas ou de outra ordem apenas poderão ser feitas após a conclusão das investigações que serão conduzidas pela comissão de sindicância e parecer final da presidência da Câmara. Por ora, se aplica a regra comum a qualquer cidadão, do direito constitucional de defesa e de que não pode haver punição sem um regular processo administrativo”, informa parte do comunicado.
Ouvido pela reportagem da Folha, o delegado Paulo César Schirmann confirmou que um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso. Segundo ele, a investigação está em estágio inicial e ninguém foi ouvido ainda.