Por: Diego Foppa
Jovem que matou avó a facadas em Sobradinho é internado em Candelária
Central de Regulação do Estado disponibilizou vaga, após solicitação de advogado do autor confesso de crime brutal
Foi internado na manhã desta terça (9), no Hospital Candelária, o jovem de 19 anos, autor confesso do assassinato a facadas da própria avó em Sobradinho. O crime ocorreu em 19 de julho e gerou grande repercussão. A vaga foi confirmada pela Central de Regulação do Estado e atende a determinação da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS), após solicitação do advogado criminalista Maurício Batista, que faz a defesa do acusado.
O jovem de 19 anos cumpria prisão preventiva no Presídio Estadual de Lajeado, porém, a Justiça autorizou a soltura mediante medidas cautelares, como ser encaminhado para internação psiquiátrica, usando tornozeleira eletrônica, com tratamento especializado e vigilância. A defesa vai aguardar o laudo pericial de um exame de insanidade mental, para que o juiz avalie a situação. Esta perícia seria realizada na segunda (8) em Porto Alegre, mas foi cancelada e será remarcada.
O CASO - O caso em questão aconteceu na madrugada de 19 de julho. Sonia Machado, de 61 anos, foi morta a facadas em um imóvel na localidade de Linha Carijinho, interior de Sobradinho. O corpo da idosa foi encontrado dentro do leito de um arroio, em meio à vegetação e próximo à casa onde ela morava. O autor confesso do crime é o neto dela, que foi preso em flagrante pela Brigada Militar. Ele chegou a ser encaminhado ao Presídio Estadual de Sobradinho, mas foi transferido para a unidade prisional de Lajeado após ter sido agredido. O nome do rapaz está sendo mantido em sigilo pelas autoridades policiais.
"Olhar mais humano", afirma advogado
Para o advogado Maurício Batista, o caso em questão ilustra não apenas as dificuldades jurídicas em processos de grande repercussão midiática, mas também a dura realidade de um Estado que ainda é insuficiente no amparo e na estrutura para lidar com pessoas portadoras de transtornos mentais. “Esse cenário reforça a necessidade de um olhar mais humano, responsável e célere por parte das instituições, tanto para garantir os direitos fundamentais do acusado quanto para assegurar uma resposta adequada da Justiça e da saúde pública", comentou o criminalista.
Com informações de Cristiano Silva - Portal Arauto