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Geral 19/03/2021 15:51
Por: Redação

Folha 35 anos: de geração em geração, um jornal a serviço da comunidade

Uma empresa familiar que se consolidou com muito esforço e se mantém ativa também nas mídias digitais

  • O atual endereço da Folha: rua Andrade Neves, 83
  • Aos três anos, Thomás descansa na perna do pai na redação da Folha: “cresci brincando aqui dentro”
  • Thomás sente orgulho do legado da família e revela gosto pela leitura e pela escrita
  • Diretora lembra emocionada da trajetória da Folha

A Folha de Candelária, assim como diversas outras empresas, nasceu de um sonho. Um jovem jornalista, recém-formado que sonhava em ter o seu próprio jornal e uma família disposta em investir na ideia. Após muitas conversas sobre a viabilidade deste projeto, a mudança de cidade, a parceria com um colega de profissão, e a acolhida de uma comunidade inteira, algo que, no início parecia somente uma ideia, tornou-se realidade.

Intitulados como “saudáveis loucos” pelo palestrante do lançamento, Antônio Britto, no dia 18 de março de 1986 nascia a Folha de Candelária, um jornal dedicado à comunidade, que a própria família não tinha certeza se daria certo. À frente da empresa há muitos anos, a atual diretora da Folha, Rosa Nilse Mallmann, lembra de cada encontro, e cada conversa para definir como que o jornal funcionaria. Ela disse que o desejo de ter o próprio jornal do filho Marco Mallmann, associado ao fato do pai estar desempregado, foi a grande motivação para que a família investisse no projeto. “Meu marido, Roque Mallmann (in memorian), conversava muito com o padre Alfredo Lenz, nosso maior incentivador e foi ele quem nos falou sobre a ausência e a necessidade de Candelária ter um jornal. E que esta talvez fosse uma boa ideia. Nós morávamos em Venâncio Aires, foi uma grande mudança. Meu filho, Marco (in memorian), convidou um amigo e colega dele, o também jornalista Flávio Costa para a formação da empresa. Ele chegou a morar um tempo com a gente e assim tudo foi ganhando forma”.

Para dar início ao trabalho da empresa, Dona Nilse, como ela é conhecida (ou dona Rosa para outros) conta que a família precisou conseguir dinheiro emprestado para a compra de uma máquina eletrônica, uma tituleira e uma máquina de escrever. “Quando viemos para cá, ainda não tínhamos encontrado uma casa. Eu e o meu filho Luciano trouxemos os primeiros móveis e objetos necessários para iniciar a primeira edição do jornal. Eu e meu marido dormimos num quarto de um hotel, enquanto que o Marco, o Luciano e o Flávio dormiam na redação, que funcionava em frente ao Hospital”, recorda ela.

Após muito trabalho, a Folha de Candelária circulava então em sua primeira edição, com uma tiragem de 500 exemplares. “Fizemos o lançamento do jornal na Câmara de Vereadores com uma palestra do então jornalista, Antônio Brito, que nos chamou de “saudáveis loucos”. Para nossa surpresa, a aceitação da comunidade foi muito boa. Na noite de lançamento da Folha, tinha fila de pessoas para fazer a assinatura. Foi emocionante”, conta Dona Nilse.

35 anos depois

Após 35 anos de trabalho junto da comunidade, de responsabilidade social com a notícia e de credibilidade, a Folha de Candelária se consolidou como o veículo impresso com o maior período de circulação no município. Mais do que isso, atualmente acompanha também a velocidade das mídias sociais estando presente nas principais plataformas digitais.

Junto desta evolução, a nova geração também segue acompanhando a Folha de Candelária, sejam aqueles que moram no município de origem do impresso, ou até conterrâneos que vivem em outras cidades, estados e países. Integrando esta nova geração, e acompanhando a evolução da Folha ao longo dos últimos 10 anos, o menino Thomás Augusto Mallmann, 11 anos, é um exemplo de criança que gosta de ler e escrever. E apesar de fazer parte de uma geração totalmente conectada com as mídias, ele revela que gosta mesmo é de ler o jornal impresso, livros impressos em papel.

Neto de Dona Nilse, o jovem conta que tem muito orgulho de ter crescido junto ao ambiente da Folha. “Cresci brincando aqui dentro. Jogando no computador. Sempre gostei de vir aqui e tenho orgulho que a minha família foi a fundadora de um dos maiores jornais da região”, conta. Para ele, que revela facilidade também para escrever, o grande desejo é de que a Folha siga em pleno desenvolvimento e continue a sua trajetória de sucesso por muitos anos. “Não gosto muito de fazer planos para o futuro, mas desejo muito sucesso para essa empresa que tanto gosto. Quero deixar o meu abraço para a minha avó e toda a minha família e dizer que tenho muito orgulho deles”, comentou.