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Geral 24/01/2025 09:51
Por: Arthur Mallmann

Marcelo Canellas faz reportagem sobre fauna do Botucaraí

Ex-repórter da Globo esteve no município na quinta, 16, para contar a história do trabalho desenvolvido por Marcelo Coimbra no Projeto Leopardus do Sul

  • Canellas esteve com Marcelo Coimbra e Diego Trindade
  • Gatos-maracajás (Imagem: Leopardus do Sul)
  • Gatos-maracajás (Imagem: Leopardus do Sul)
  • Graxaim-do-mato (Imagem: Leopardus do Sul)
  • Gato-do-mato-grande melânico (Imagem: Leopardus do Sul)
  • Graxaim-do-campo (Imagem: Leopardus do Sul)
  • Graxaim-do-campo (Imagem: Leopardus do Sul)

O projeto “Leopardus do Sul”, desenvolvido por Marcelo Coimbra, tem o objetivo de registrar em vídeo a atividade de diversas espécies que habitam o Morro Botucaraí e as suas cercanias. O trabalho, completamente voluntário, já recebeu a atenção da imprensa local e, dessa vez, atraiu os olhares de uma importante voz da mídia brasileira: o repórter Marcelo Canellas.

 “Quando recebi a ligação do Canellas, fiquei sem palavras. Foi uma experiência inesquecível”, revelou o ambientalista. O ex-repórter da Globo esteve no município na quinta, 16, quando foi recebido por Marcelo Coimbra e por Diego Trindade, do Hostel Cabanna, a quem Coimbra se refere como “parceiro de preservação”. Juntos, foram ao Morro Botucaraí olhar de perto os locais onde são colocadas as câmeras.



O banco de dados mantido por Coimbra busca quantificar e localizar todas as espécies de felinos que sobrevivem na região. O nome do projeto é “Leopardus” em alusão ao nome científico de espécies como o gato-maracajá, o gato-do-mato-grande e o gato-do-mato-pequeno. “A ideia é criar esse banco de dados para futuros projetos de conservação. Divulgo algumas dessas imagens como forma de promover a conscientização e incentivar a proteção dessa fauna tão importante”, afirmou. A matéria estará disponível na próxima terça, 28, no Instagram de Marcelo Canellas.


 


O trabalho do repórter

A reportagem da Folha entrou em contato com Marcelo Canellas através de uma vídeo-chamada. Após 33 anos de casa, Canellas deixou a Globo e, no momento, se dedica a um documentário numa plataforma de streaming (ainda regido sob contrato de confidencialidade) e à realização de pequenas reportagens no Instagram, às quais ele denomina “micronarrativas”.  Ele informou que conheceu o trabalho de Marcelo Coimbra a partir do Instagram. “O perfil dele passou a me seguir e de repente vi aqueles vídeos. Fiquei interessado e encontrei o número do Marcelo no Facebook”, comentou o repórter.

Segundo Canellas, a iniciativa das micronarrativas busca contar, como consta em seu perfil, histórias da “vida extraordinárias das pessoas comuns”. As primeiras produções teriam começado no contexto das enchentes de maio – tendo bom alcance, com alguns vídeos ultrapassando as 650 mil visualizações. Perguntado se hoje há uma inclinação maior para tratar da emergência climática, foi enfático. “É a questão climática que vem escolhendo o jornalismo, não o contrário. Hoje, o meio ambiente é um tema central, incontornável”, defendeu.

Esse não foi o primeiro contato do jornalista com Candelária. De acordo com Canellas, ele frequenta a cidade desde criança por ser sobrinho do Dr. Fabius Pasqualoto, falecido em 2019. Além disso, também foi colega de curso do também jornalista Marco Mallmann, fundador da Folha de Candelária, falecido em 1994.