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Geral 15/06/2019 11:16
Por: Redação

Iriana e Maiara: o valor da arte do canto herdada de antigas gerações

Músicas gravadas por dupla já podem ser ouvidas nas rádios locais e em programas ao vivo

A timidez e o comedimento nas respostas às perguntas faz pensar, de início, que o canto também seria tímido, como que com vergonha de existir. Nas primeiras notas, porém, o volume se impõe, a melodia preenche a sala da redação, e as vozes das jovens Iriana, 19 anos, e Maiara, 17, se impõem e mostram a que vieram, provando que o canto, mais do que uma mera forma de se expressar, é também uma maneira de existir. E é justamente viver da música o sonho das duas irmãs, que, trazidas por seu padrinho artístico Orlando Freire Kochenborger, estiveram na Folha divulgando a sua arte e seu CD recém-lançado, com apoio de amigos que acreditam no potencial das cantoras. Através desta gravação, que já tem tocado em rádios locais, os planos envolvem a criação, para julho, de um espetáculo a ser apresentando em aberturas de shows, entre outras possibilidades. 
Acompanhando as jovens artistas, estava o guasqueiro Diego Souza da Silva, morador do Rincão de Fora, pai orgulhoso do talento das filhas. Ele explica que o dom de cantar é herança de família: o bisavô e o avô já cantavam e tocavam violão e gaita. O próprio Diego conta que ele mesmo tinha o sonho de se dedicar com mais seriedade e afinco à música, porém o nascimento da primeira filha, teve que se dedicar ao sustento da família. 
No CD de Iriana e Maiara, clássicos como "A Majestade, o Sabiá" e "Mercedita" são trazidos a uma luz nova, através de uma forma de canto que tem se tornado mais e mais raro, mas é revivido com êxito através do talento da dupla. Em um tom um tanto baixo, a melodia é introduzida; em um tom bem acima, a melodia é retomada, formando uma harmonia e adquirindo uma ressonância especiais, que, é triste reconhecer, estão se tornando raras. É um dom da arte do canto que perpetua e honra a arte passada de geração em geração.