A história da família Seckler pelas páginas da Folha

Há um ano atrás, a reportagem da Folha de Candelária esteve em Cerro Branco para cobrir a colheita do arroz irrigado. Na oportunidade, nossos repórteres puderam conhecer o agricultor Fladimir Seckler, 54 anos, a sua esposa, Cláudia, 52, e seu filho, André, 22. Na manhã seguinte à entrevista, Fladimir telefonou para a Redação. O agricultor tinha pensado muito sobre o que falar. Por isso, havia rabiscado suas reflexões em um papel.  “Apesar de toda a dificuldade que o homem do campo enfrenta, eu sou um arrozeiro persistente que, acima de tudo, gosta do que faz”, ditou naquele dia. Sua espontaneidade e seu interesse tocou profundamente a Redação.

Nesta edição especial de 37 anos, pensamos em conhecer melhor a família Seckler, assinantes da Folha há 22 anos. Ao chegarmos, logo nos foi apresentado um arquivo no qual as memórias afetivas da família eram sempre acompanhadas de recortes de jornal. Por coincidência, um destes recortes era ilustrado com aspas do jovem Fladimir, então com 22 anos: “Não está fácil; o arroz, por exemplo, está baixando de preço todo o dia” – algo não muito distante do que ele viria a comentar aproximadamente 32 anos mais tarde.

Junto à foto do casamento de Fladimir e Cláudia, também está uma página com a foto dos dois publicada na coluna social da Folha. Cláudia também guarda matérias sobre cursos que ela realizou em Cerro Branco. Isso sem falar nas fotos do filho, André, cujo aniversário era costumeiramente divulgado na edição impressa da Folha e, por óbvio, estes registros estão devidamente guardados no álbum de fotografias.

Dentre os itens, um espaço especial está reservado para a matéria da colheita do arroz de 2022. Os Seckler não apenas guardam a edição, como também imprimiram uma das fotos da matéria, na qual toda a família está presente junto à lavoura de arroz. “A nossa história atravessa as páginas desse jornal. Guardamos tudo com muito carinho”, comentou Fladimir.

Para nossa surpresa, como da outra vez, Fladimir também quis se expressar por escrito. Como ele diz, dessa forma é mais fácil organizar as ideias. “Para nós, sermos assinantes da Folha de Candelária é uma grande satisfação. Na sexta-feira, já é tradicional termos a Folha para ler. É lá que encontramos todas as informações da nossa região”, escreve ele. E prossegue: “que continue assim por muitos e muitos anos”. Depois de citar todas as pessoas da Redação, ele finaliza com um sonoro “parabéns, Folha de Candelária”!