O que são os pilares à beira do rio Pardo, no Passa Sete?

Depois das intensas chuvas registradas nas últimas semanas, algo mudou na paisagem às margens do rio Pardo, no Passa Sete. A curiosidade despertada em relação à presença de dois pilares às margens do rio, pouco além da antiga cooperativa Passa Sete, mostrou que os candelarienses sabem valorizar o seu passado, ainda mais quando ele assume formas não explicadas. De fato, duas estruturas chamaram a atenção de moradores das proximidades. Imagens foram feitas, em que se vê uma dessas estruturas em parte soterrada, enquanto que a outra se ergue à beira do rio. As interrogações que se puseram de imediato foram no sentido de saber em que consistem esses pilares, em que época foram erguidos e para que serviam. Tendo ficado à vista pela mudança parcial do leito do rio, as estruturas foram objeto da curiosidade da comunidade, ganhando notoriedade inclusive nas redes sociais.

Ciente do fato, a Folha foi em busca de respostas – só que estas acabaram se multiplicando. Houve quem sugeriu que as estruturas teriam sido ancoradouros para amarrar as antigas barcas que faziam a travessia do rio Pardo. Também houve quem visse nelas resquícios da construção de um antigo engenho de grãos existente na localidade. Segundo uma terceira opinião, os dois pilares seriam poços d’água, ou seja, cacimbas, construídos a pedido do pai do ex-prefeito Sebaldo Wohlenberg. Todavia, o ex-prefeito Moacir Thumé, interrogado a respeito, direciona a dúvida a uma possível solução: de acordo com Thumé, as estruturas constituíam uma plataforma que conduzia ao rio, na parte dos fundos da casa do antigo morador Arthur Hübner. A informação é confirmada pela neta de Hübner, Silvia Hübner Machado. Segundo ela, havia antigamente uma ampla escadaria que conduzia ao rio, e os antigos pilares tinham a função de ser o ancoradouro de canoas ou outras embarcações.