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Geral 04/09/2020 19:57
Por: Redação

Região do Vale do Rio Pardo na bandeira vermelha outra vez

Mapa preliminar do modelo do estado colocou 12 regiões na bandeira vermelha e nove na laranja

Está difícil de prever os resultados do mapa preliminar divulgado sempre as sextas-feiras pelo governo estadual. E nestas idas e vindas das bandeiras, a região do Vale do Rio Pardo, que inclui Candelária, voltou a ser classificada na bandeira vermelha nesta sexta, 4. No total, 12 ganharam a coloração vermelha, considerada como risco epidemiológico alto para a covid-19: Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Guaíba, Porto Alegre, Palmeira das Missões, Erechim, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Santo Ângelo e Cruz Alta. Mesmo classificada na bandeira vermelha, a região poderá seguir nas regras da bandeira laranja em função da aprovação de um protocolo próprio de gestão compartilhada.

De acordo com a notícia veiculada no site do governo estadual, ocorreu um cenário de piora dos indicadores em comparação com o resultado do mapa definitivo divulgado na segunda, 31, quando quatro regiões haviam sido classificadas em vermelho: Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí e Santa Rosa. Apesar da estabilização em vários indicadores gerais, o mapa preliminar teve ampliação do número de regiões com classificação de alto risco por conta do aumento de registros de novas internações confirmadas por Covid-19. Esse indicador, em particular, alcançou bandeira preta em algumas regiões. É caso das áreas de Lajeado, Santa Cruz do Sul, Palmeira das Missões, Taquara e Capão da Canoa, algumas delas também com piora no indicador que mede a proporção de casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.

As regiões de Porto Alegre, Guaíba, Canoas e Novo Hamburgo aparecem novamente com bandeira vermelha, pois a macrorregião Metropolitana teve redução do número de leitos livres de UTI nesta última semana. Desde a 14ª está vigente o modelo de cogestão, no qual as regiões Covid podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior. Até as 18h desta sexta, 4, 16 regiões haviam aderido à cogestão: Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado. O pedido de cogestão de Erechim ainda está pendente.

A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda, 7, por meio de matéria publicada no site do governo do Estado. A vigência das bandeiras da 18ª rodada começa à 0h de terça-feira (8/9) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (14/9).

Alertas

Os indicadores mostram que houve elevado crescimento de novos casos de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias, por local de residência, nas regiões de Capão da Canoa (+171,4%), Erechim (+86,7%), Palmeira das Missões (+80%), Cruz Alta (+50%), Guaíba (33,3%) e Lajeado (33,3%).

RESUMO DA 18ª RODADA

Regiões que apresentaram piora (10)

LARANJA > VERMELHO

Capão da Canoa

Taquara

Novo Hamburgo

Canoas

Guaíba

Porto Alegre

Palmeira das Missões

Erechim

Santa Cruz do Sul

Lajeado

Regiões que apresentaram melhora (2)

VERMELHO > LARANJA


Ijuí

Santa Rosa

Regiões que permanecem iguais (2)

VERMELHA

Santo Ângelo

Cruz Alta

LARANJA (7)

Santa Maria
Uruguaiana
Erechim
Bagé

Caxias do Sul
Cachoeira do Sul
Passo Fundo

COGESTÃO (16)
Capão da Canoa
Taquara
Novo Hamburgo
Canoas
Porto Alegre

Santo Ângelo
Cruz Alta
Ijuí
Santa Rosa
Palmeira das Missões
Passo Fundo
Pelotas
Caxias do Sul

Cachoeira do Sul
Santa Cruz do Sul
Lajeado

NOTA TÉCNICA COM AS JUSTIFICATIVAS DE CLASSIFICAÇÕES

MACRORREGIÃO DOS VALES

A Macrorregião dos Vales apresentou bandeira vermelha em duas de suas três regiões Covid: Santa Cruz do Sul e Lajeado. O agravamento pode ser visto a partir do aumento de 12% no número de pacientes internados em leitos de UTI por Covid-19 no último dia, que passou de 34 para 38 pacientes na data da apuração. Ainda, houve aumento nos demais indicadores de velocidade de propagação da doença: crescimento de 2% no número de pacientes SRAG internados em UTI e de 3% de hospitalizados confirmados por Covid-19 em leitos clínicos. Esses resultados impactaram os indicadores de capacidade do sistema hospitalar na macrorregião. O número de leitos de UTI livres no último dia para atender Covid-19 permaneceram estáveis, com 45 leitos livres, o que resultou em bandeira laranja para a macrorregião. Com o aumento da ocupação em leitos de UTI por paciente Covid, piorou a relação entre leitos livres para cada leito ocupado Covid-19 em 11%, sendo de 1,18 na atual apuração. Com o resultado, segue o alerta de bandeira vermelha para esse indicador na macrorregião.

SANTA CRUZ DO SUL

A região de Santa Cruz do Sul foi classificada na bandeira vermelha na décima oitava apuração do Distanciamento Controlado. Além da piora nos indicadores da macrorregião, impactou fortemente a região a aumento de 21% no número de novas hospitalizações de casos confirmados de Covid-19. Nos últimos 7 dias: foram 29 pacientes com registro de hospitalização, enquanto no período anterior eram 24. Por conseguinte, somam 8,36 hospitalizações confirmadas para COVID-19 registradas nos últimos 7 dias por 100.000 habitantes – valor que era de 6,92 na semana anterior. Com esse cenário, a região foi classificada na bandeira vermelha no primeiro caso, de registros de hospitalizações, e preta no segundo, que indica a incidência da doença na população. Quanto aos óbitos, foram 7 pacientes que falecerem de Covid-19 na semana na região, ante 6 na semana anterior.

No entanto, Santa Cruz do Sul apresentou melhora o valor do indicador relativo ao de estágio da doença na região, mesmo que a bandeira tenha se mantido em laranja. Foram registrados 174 casos ativos para 554 casos recuperados últimos 50 dias anteriores ao início da semana, resultado equivalente ao risco médio no indicador.