Douglas Friedrich avalia temporada na Arábia Saudita

O goleiro candelariense Douglas Friedrich avaliou como positiva a temporada no Al Khaleej, da Arábia Saudita, no Oriente Médio, onde disputou a primeira divisão do Campeonato Saudita. Contratado em julho de 2022 pela equipe árabe, Douglas atuou em 21 partidas oficiais, sendo cinco sem sofrer gol. Além disso, teve um pênalti defendido, foi capitão do time em alguns jogos e eleito o melhor goleiro da competição no mês de janeiro. Apesar dos bons números e da liderança em campo, ele terminou o ano como reserva, por uma decisão da comissão técnica, que só podia relacionar sete estrangeiros por partida, conforme determina o regulamento. “Foi uma experiência muito maior do que eu imaginava, pois envolveu toda minha família, que foi junto comigo. Lógico que queria ter atuado em todos os jogos, mas avalio a temporada de maneira positiva, pois pude contribuir para que o clube alcançasse seu principal objetivo”, contou. Recém-promovido para a elite do futebol saudita, o Al Khaleej terminou a competição na 14ª posição, com 31 pontos, se mantendo na primeira divisão, algo que era a principal meta da diretoria do time. Segundo Douglas, a receptividade dos árabes foi muito boa. Ele, sua esposa e o filho Davi residiam em um condomínio com muitos brasileiros. “Fomos muito bem acolhidos. É um clube bem familiar e próximo, desde o presidente, que me recebeu no hotel até os próprios torcedores, levando as crianças para nos ofertar algum doce ou perfume, por exemplo, que é algo bem comum no país”, destaca. O clube tinha outros brasileiros no elenco e possuía uma comissão técnica portuguesa, portanto a comunicação não chegou a ser um problema. “O técnico falava inglês e eu entendia. Também havia um tradutor que traduzia para o árabe. Com isso, no dia a dia eu apreendia um pouco de do idioma local, pois às vezes era necessário dar um comando em árabe em situações de jogo”, ressalta. Esta foi a segunda passagem de Douglas pelo Oriente Médio. Em 2008, ele havia atuado pelo Sanat Naft, de Abaddan, no Irã, por duas temporadas. 

Goleiro não deve permanecer no clube 

Embora tenha contrato até julho deste ano, o goleiro adiantou que não deverá permanecer no clube árabe. No entanto, sem dar pistas sobre seu novo destino, ele revela que a prioridade é continuar fora do Brasil. O principal fator, segundo o goleiro de 34 anos, é pelo fato do calendário europeu não ser tão apertado como o brasileiro. Desta forma, é possível ter uma melhor qualidade de vida e estar mais próximo da família. “Também não é possível manter um nível alto de atuação o ano todo, tendo um calendário mais recheado, por mais que os clubes vêm investindo nos processos de logística, elenco e recuperação de aletas”, enfatiza.