Por: Diego Foppa
Encenação da Via Crúcis ocorre nesta sexta-feira
Programação inicia às 9h30 desta sexta, 29, com a benção dos chás e a tradicional encenação da Paixão e Morte de Cristo
Uma tradição centenária deverá se repetir na manhã desta Sexta-feira Santa, data em que inúmeras pessoas se dirigem ao pé do Morro Botucaraí para uma celebração que carrega diferentes motivações. Entre a grande legião de visitantes, há os que cumprem uma missão de fé, incluindo, inclusive, pagadores de promessa. Existem também pessoas que vão buscar um pouco de água de uma fonte existente no local que, segundo crenças populares, possui poderes de cura. Também há quem neste dia exercita seu espírito de aventura, subindo até o topo do morro isolado mais alto do Estado.
Para acolher o público, a Prefeitura de Candelária realizou um trabalho de limpeza e de roçada no local. Os espaços para estandes foram comercializados. Além disso, haverá estacionamento privado no local ao custo de R$ 15,00 para automóveis e R$ 10,00 para motocicletas. No entanto, quem se interessar também poderá utilizar a área para camping. A programação religiosa está prevista para iniciar às 9h30 uma celebração religiosa e bênção dos chás realizada pela Paróquia Nossa Senhora da Candelária.
ENCENAÇÃO – Como acontece desde 2006, a chamada Via Crúcis será dramatizada pelo grupo de teatro municipal Cara e Cor’agem. Segundo a coordenadora, Lilian Scünke, a encenação será apresentada por 24 integrantes, que estão ensaiando desde o dia 11 de fevereiro. O texto da encenação pascal foi elaborado em janeiro e baseia-se nos últimos dias de Jesus Cristo na Terra. “É um grande desafio contar a mesma história. Portanto, isso exige ‘pensar fora caixa’ e criatividade para não fazermos mais do mesmo”, comenta Lilian. Neste aspecto, ela relata que, neste ano, a história será contada por Simão Cirineu, que em um encontro inesperado que teve com o mestre, modificou profundamente sua vida. “Esse personagem foi escolhido como símbolo da solidariedade, da fraternidade. Aquele que ajudou Jesus a carregar a cruz até seu destino final: o Gólgota”, destaca.
A coordenadora ainda acrescenta que o objetivo da apresentação é fazer com que o público possa refletir a possiblidade de também ser Simão Cirineu, ajudando as pessoas, pois todos passam por problemas e dificuldades. “A ideia é sensibilizar a todos para que nos tornemos mais Cirineus do que Pilatos, que possamos no nosso dia a dia auxiliar o nosso próximo, aliviar as suas dores, tornar mais leve a sua cruz”, finaliza.