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Geral 22/11/2019 14:09
Por: Redação

Professores e profissionais da educação do estado levam protesto para as ruas

Caminhada pacífica pelo centro da cidade contou com a participação de dezenas de professores, servidores estaduais e alunos

Em greve desde o dia 18, professores e funcionários da rede estadual de ensino realizaram na manhã de sexta, 22, uma caminhada pelo centro de Candelária. A manifestação, reforçada por alunos e vereadores, saiu da Escola Lepage, seguindo depois pela avenida Pereira Rego até a Prefeitura. Depois, o grupo retornou até o coreto da praça Alberto Blanchard da Silveira, onde ocorreram alguns pronunciamentos. A caminhada somou mais de 100 participantes. Alguns portavam cartazes com protestos contra o pacote de medidas do governador Eduardo Leite, que motivou a greve da categoria.

No coreto, a diretora da Escola Guia Lopes, Ana Luiza Brandt, foi uma das que se manifestou. Ela registrou que neste dia a aula era na rua. Uma aula de cidadania e em favor dos direitos da categoria, conforme enfatizou. A diretora ainda referiu que a luta da classe também é em defesa da preservação da escola pública. Os vereadores Marco A. Larger (P), Cristina Rohde (PSDB), Celso Gehres (P) e Jaira Diehl (PSB) também realizaram rápidos pronunciamentos, todos em apoio à mobilização e contra as medidas do governo. A diretora do Lepage, Edna Herberts, parabenizou a mobilização das escolas estaduais da cidade. As alunas Géssica Michel e Fernanda Soares, do Guia Lopes, também fizeram questão de demonstrar seu apoio à mobilização da categoria, destacando que não são doutrinadas para defender essa posição, lembrando que os professores são a base de todo o processo de educação. Já a professora aposentada, Rosane Gelsdorf, observou que o governo está tentando retirar direitos conquistados a duras penas. “Quem vai querer ser professor daqui para a frente”, questionou. A vice-diretora da Escola Penedo, Mônica Beskow, por sua vez, ressaltou que o trabalho nas escolas aumenta a cada dia e o que ainda move os professores é o amor pela profissão, atividade que, conforme salientou, é tratada agora como algo insignificante. Durante a sexta, 22, foram registrados protestos de professores em outras cidades do Estado. A greve da categoria não tem data para terminar.