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Geral 28/04/2017 15:42
Por: Jorge Mallmann

Hospital Candelária: Administrador destaca avanços desde a requisição

Medida extrema completou quatro anos e foi justificada pelas grandes dificuldades da casa de saúde na época

Quando o prefeito de Candelária Paulo Butzge requisitou os serviços do Hospital Candelária no dia 1º de abril de 2013, a medida extrema foi justificada pelas grandes dificuldades que a casa de saúde passava, com uma grande possibilidade, inclusive, de fechar suas portas por falta de recursos. A requisição dos serviços se prolongou por dois anos, época em que foi criada uma comissão para administrar o hospital. Após este período, foi eleita uma nova diretoria, que tem como presidente o médico Romi Ávila Hugo e Aristides Feistler como vice-presidente e administrador.
Na atualidade, a situação dos hospitais na região continua difícil, evidenciada por fechamentos, como o de Cerro Branco, e sucateamentos no serviço da saúde. O Hospital Candelária, porém, segundo o seu administrador Aristides Feistler, encontra-se na contramão dessa historia, honrando mensalmente seus compromissos com fornecedores e funcionários, diferente do que já aconteceu em algumas ocasiões no passado. A situação mudou tanto, pontua Aristides, que no ultimo dia 3 de abril, os funcionários receberam 50% do 13º salário, de  forma adiantada e inédita, como forma de incentivo. “Além disso, todos os encargos sociais desta gestão estão rigorosamente em dia”, completou.
Aristides Feistler frisou que sempre existiu crise, mas que não adianta lamentar, mas sim buscar alternativas. “Temos que nos reinventar na crise”, emendou. Neste aspecto, revelou, está se buscando novos serviços para a instituição de saúde, citando, por exemplo, as cirurgias vasculares periféricas (de varizes), feitas por convênio ou particular. “Temos uma equipe completa que realiza este serviço, coordenada pelo cirurgião cardiovascular Romeu Bertóia, e também de anestesistas, ampliando a oferta de serviços”, destacou. O administrador informou, ainda, que existe a intenção de ampliar esta oferta em cirurgia de varizes, que é considerada simples, com a permanência no hospital muito rápida. O hospital também está buscando ser referência em serviço de oftalmologia. “Hoje, existe o serviço em Candelária, mas que só atende o ambulatório”, esclareceu, acrescentando que a estrutura física do hospital está sendo organizada, já havendo uma conversa com a Secretaria Estadual de Saúde e também com um grupo de profissionais que, inclusive, já trabalham a nível ambulatorial em Candelária. “Hoje, são 20 cirurgias/mês para toda região e nós queremos ampliar para 80 esse número, aumentando também o total de consultas”, afirmou Feistler, lenbrando haver hoje uma grande demanda reprimida na região.
Quando ocorreu a requisição, a situação da casa de saúde era pior do que se imaginava. A análise do administrador Aristides leva em conta que havia processos tramitando, de execução fiscal, de dívidas com o INSS e com a Receita Federal. Esta última representava a maior dívida do hospital, superior a R$ 5 milhões. Para reverter o quadro, explica, foi elaborado um plano de capacidade econômica-financeira, com o que a dívida existente foi congelada. “A nossa obrigação é pagar em dia e isso temos honrado de forma pontual”, enfatiza Feistler. Além disso, destaca ainda as melhorias realizadas, como a ampliação do espaço da pediatria, a aquisição do novo aparelho de raio X, além de móveis, carros de anestesia, instrumentos cirúrgicos, entre outras. Aristides cita, ainda, como conquistas desse período, a reforma da lavanderia, a conclusão do prédio da saúde mental, a organização do Centro de Materiais Esterilizados, entre outros melhoramentos, pensados, segundo destacou, no conforto do paciente e dos profissionais que trabalham no hospital.

Plano Diretor para 20 anos

Aristides Feistler revelou que está sendo elaborado um plano diretor para os próximos 20 anos do hospital. Segundo observou, o projeto já está aprovado em instância regional e estadual, porém, o governo ainda não disponibilizou recursos. Existe o apoio da Amvarp à proposta que prevê a ampliação com leitos de UTI, cinco salas cirúrgicas e de 80 leitos “Candelária é uma cidade regional, logisticamente bem colocada, no centro do estado, e devemos nos colocar como hospital de referência, com  algumas especialidades, que não tem pelo SUS, como a Urologia e a Proctologia. Hoje, fazemos 40 cirurgias eletivas para toda a região, de vesícula e hérnia, e isso foi possível porque temos equipamentos para isso. Modernizamos e precisamos avançar cada vez mais”, acrescentou.
(Com informações da assessoria de imprensa da Prefeitura)