Logo Folha de Candelária
Geral 01/06/2021 14:29
Por: Redação

O carisma e o talento de Bia Socek e sua gaita

Artista paranaense, identificada com a música gaúcha e com 2,6 milhões de seguidores, visitou Candelária, onde já tem fã-clube

O sobrenome tem origem polonesa, ela nasceu no Paraná, mas se identifica com a música gaúcha. O perfil se encaixa na cantora e instrumentista Bia Socek, cuja popularidade crescente está bem ilustrada nos seguidores. São 2,6 milhões na soma das redes sociais e aplicativo. Bia Socek é cantora, mas sua marca registrada é mesmo seu talento na gaita, acordeon ou sanfona, sinônimos do mesmo instrumento, denominação que varia de acordo com o estilo musical ou região do país. Ela é multi-instrumentista, pois toca viola, violão e ukulele. Mas é na gaita que mais se destaca, a ponto de ser reconhecida como uma das principais referências desse instrumento no país.

No último final de semana, a instrumentista incluiu Candelária no roteiro de divulgação do seu trabalho. A visita motivou, inclusive, a criação de um fã-clube de Bia Socek no município. Na manhã de sábado, 29, Bia esteve na redação da Folha para uma entrevista, acompanhada do seu empresário Alexandre Peixoto e da candelariense Tauany Faber, a idealizadora do seu fã-clube no município. Tauany contou que acompanha Bia Socek através das redes sociais há cerca de um ano. Segundo explicou, além do talento, o carisma e a humildade da artista a conquistaram. “Ela transmite uma energia positiva que contagia”, salientou.

Bia explicou que no monitoramento que faz de seus seguidores e fãs nos municípios do país, Candelária se destaca. A tour de Bia Socek no Rio Grande do Sul é uma parceria com o programa Origens do Sul, idealizado por Cláudio Gomes e veiculado através de canal no YouTube e transmitido para 240 emissoras do país. Órfã de pai desde a idade de um ano e meio, Bia teve a ajuda do irmão mais velho para sua criação. Apesar dos 26 anos de vida, a artista já tem no currículo muita estrada. Dos 10 aos 17 anos participou de inúmeras quermesses e festas regionais, sempre acompanhada da mãe, sua grande incentivadora. Ela se define como uma pessoa decidida, com personalidade forte e consciente do papel da mulher na sociedade. Mas é através da sua arte que Bia se realiza. “Eu vim para esse mundo para fazer a alegria das pessoas”, enfatizou. Por isso, ela reconhece que sente muita falta dos palcos e dos shows com público. Na tarde de sábado, a artista visitou o Aqueduto e a Ponte do Império, onde produziu material para suas redes sociais. Na manhã de domingo, 30, ela foi recebida logo cedo para um caprichado café na residência do prefeito Nestor Ellwanger, o Rim, preparado por sua esposa Cleonice. Ao lado do vice-prefeito Cristiano Becker, Rim agradeceu a visita de Bia a Candelária, desejando-lhe pleno sucesso na carreira, não descartando, no futuro, uma nova vinda da artista ao município para um show, que, conforme observou, certamente será muito prestigiado pelos fãs locais e de toda a região.

A trajetória desde Quitandinha, no Paraná

Batizada como Beatriz Soczek, ela nasceu na pequena Quitandinha, cidade da região metropolitana de Curitiba. Já aos oito anos, começou a tocar violão. Aos 13, adotou também a viola caipira como instrumento de trabalho. Já com três CDs gravados, divulgou seu trabalho visitando festas regionais a cada domingo, geralmente quermesses religiosas, conforme salientou. Assim, sempre ao lado da mãe Anastácia Laska, vendeu 14 mil CDs. A partir dos 15 anos, aprendeu a tocar a gaita, instrumento que tornou-se onipresente na sua trajetória musical na sequência. Aos 22 anos foi morar em Goiânia, passando a ser representada pelo empresário carioca Alexandre Peixoto, que está com ela desde então. Com Alexandre, Bia diversificou seu trabalho, incorporando novos ritmos e estilos à carreira, incluindo a música gaúcha. Assim, passou a se apresentar em diversos festivais nacionais, divulgando a cultura do sul do país. Mesmo assim, o empresário Alexandre salienta que Bia Socek é uma artista do Brasil. “Através da gaita, ela explora a música eletrônica, a música sertaneja, o forró e a música gaúcha, que se tornou a sua principal identidade”, concluiu.