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Geral 14/03/2025 13:37
Por: Arthur Mallmann

Duplicação da RSC-287 incluirá construção de pontes secas

Estruturas minimizarão riscos em caso de enchentes e permitirão cruzamento de animais e máquinas agrícolas; expectativa é que trechos com desvios sejam priorizados no cronograma de obras

A duplicação da RSC-287 contará com a construção de pontes secas, estrutura projetada para minimizar riscos de novas enchentes e facilitar o cruzamento de animais e máquinas agrícolas. O trecho de Candelária será um dos beneficiados com essa solução, atendendo a uma demanda da população e reforçando a infraestrutura após os danos causados pelas cheias de maio de 2024. É o que confirmou o diretor-geral da concessionária Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, em evento realizado em Santa Cruz do Sul, na segunda, 10.

Outra tendência é que o cronograma original da duplicação da RSC-287 seja alterado, de modo a priorizar os trechos mais atingidos. Desvios, como os de Candelária, próximo à entrada para a Linha do Rio, eram considerados perigosos pela comunidade. Contudo, a Rota de Santa Maria alegou que só voltaria a trabalhar no local durante as obras de duplicação.

Inicialmente, o contrato de concessão da RSC-287 previa que a duplicação entre Candelária e Santa Cruz do Sul ocorresse daqui a quatro anos, em 2029, enquanto o trecho entre Candelária e Novo Cabrais estava previsto somente para 2030. Hoje, a tendência é que, além dos segmentos já em duplicação em Tabaí e Santa Cruz do Sul, sejam incluídos, de forma prioritária, os trechos mais atingidos pela enchente, como Candelária; ponte sobre o Arroio Grande, em Santa Maria; ponte sobre o Arroio Barriga, entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul; e Mariante, em Venâncio Aires.

A expectativa é que o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, realize uma vistoria nos trechos emergenciais ainda em março para oficializar o novo projeto e o novo cronograma. Juarez Cândido, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária, destacou que há um compromisso verbal do secretário com a priorização das obras. “A prova de que o projeto está avançando é que, para as pontes secas, foram definidas áreas maiores do que o plano original, e os proprietários rurais dessas regiões já começaram a receber propostas de indenização", afirmou.