Por: Arthur Mallmann
Duplicação da RSC-287 incluirá construção de pontes secas
Estruturas minimizarão riscos em caso de enchentes e permitirão cruzamento de animais e máquinas agrícolas; expectativa é que trechos com desvios sejam priorizados no cronograma de obras
A duplicação da RSC-287 contará com a construção de pontes
secas, estrutura projetada para minimizar riscos de novas enchentes e facilitar
o cruzamento de animais e máquinas agrícolas. O trecho de Candelária será um
dos beneficiados com essa solução, atendendo a uma demanda da população e reforçando
a infraestrutura após os danos causados pelas cheias de maio de 2024. É o que
confirmou o diretor-geral da concessionária Rota de Santa Maria, Leandro
Conterato, em evento realizado em Santa Cruz do Sul, na segunda, 10.
Outra tendência é que o cronograma original da duplicação da
RSC-287 seja alterado, de modo a priorizar os trechos mais atingidos. Desvios,
como os de Candelária, próximo à entrada para a Linha do Rio, eram considerados
perigosos pela comunidade. Contudo, a Rota de Santa Maria alegou que só
voltaria a trabalhar no local durante as obras de duplicação.
Inicialmente, o contrato de concessão da RSC-287 previa que
a duplicação entre Candelária e Santa Cruz do Sul ocorresse daqui a quatro
anos, em 2029, enquanto o trecho entre Candelária e Novo Cabrais estava
previsto somente para 2030. Hoje, a tendência é que, além dos segmentos já em
duplicação em Tabaí e Santa Cruz do Sul, sejam incluídos, de forma prioritária,
os trechos mais atingidos pela enchente, como Candelária; ponte sobre o Arroio
Grande, em Santa Maria; ponte sobre o Arroio Barriga, entre Novo Cabrais e
Paraíso do Sul; e Mariante, em Venâncio Aires.
A expectativa é que o secretário da Reconstrução Gaúcha,
Pedro Capeluppi, realize uma vistoria nos trechos emergenciais ainda em março
para oficializar o novo projeto e o novo cronograma. Juarez Cândido, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária, destacou que há um compromisso verbal do
secretário com a priorização das obras. “A prova de que o projeto está
avançando é que, para as pontes secas, foram definidas áreas maiores do que o
plano original, e os proprietários rurais dessas regiões já começaram a receber
propostas de indenização", afirmou.