Por: Tiago Mairo Garcia
Caminhões-tanque tem acesso interrompido na refinaria Alberto Pasqualini
Devido ao protesto, cargas previstas para postos de Candelária não tem horário para serem carregadas
Em ato realizado na noite desta segunda, 28, na Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, um grupo de manifestantes da região metropolitana interrompeu o acesso de caminhões-tanque com escolta para abastecimento de combustíveis. Vídeos que circulam nas redes sociais indicam que por volta das 20h30, os manifestantes teriam impedido a entrada de caminhões-tanque na refinaria. Entre os veículos impedidos havia caminhões de Santa Cruz do Sul e Candelária. Conforme relatos da imprensa da capital, os manifestantes cortaram mangueiras de pelo menos cinco caminhões, impedindo a entrada dos veículos para abastecimento.
Segundo o Jornal Correio do Povo, ao cortar a mangueira de combustível dos caminhões, os manifestantes provocaram derramamento de diesel na pista. Para conter a ação do grupo, o Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar e pelotões de municípios da Região Metropolitana foram acionados, por volta das 20h30, para garantir a segurança na região. Pelo menos 25 viaturas se deslocaram ao local e bloquearam a entrada principal da Refap, dispersando o grupo. O Corpo de Bombeiros foi chamado para limpar a pista. Até 23h30min, alguns manifestantes permaneciam no local.
De acordo com o comandante do 15ºBPM, tenente-coronel Valdeci Antunes, os policiais que faziam a escolta conseguiram deter um indivíduo, que foi encaminhado à delegacia. O oficial explicou que outros manifestantes, que vieram do centro de Canoas, se juntaram ao grupo da refinaria. “Isso engrossou o número de manifestantes, o que resultou em mais tempo para dispersão. Houve necessidade de acionamento do BOE para garantir a normalidade da situação”, afirmou. Ele ressaltou que foi preciso acionar caminhões de guincho recolher os veículos danificados para dentro do pátio.
Conforme informações obtidas pela reportagem, o caminhão de Candelária atingido pelos manifestantes seria o do Posto Imigrante, da Vila Botucaraí. O veículo teve que ser guinchado e não poderá mais efetuar o carregamento devido aos danos registrados. Já o caminhão do Posto Esquinão está aguardando em outro ponto para realizar o carregamento. Conforme Márcio Bataioli, gerente do Posto Esquinão, a carga está confirmada, mas devido ao protesto, não há previsão de quando ocorrerá o carregamento.
Desde a noite desta segunda, 28, já há automóveis em fila nas imediações do Posto Esquinão para garantir o abastecimento. Em seu perfil na rede social Facebook, a direção do Posto Esquinão emitiu nota no final da noite desta segunda, 28, informando sobre a situação. “Comunicamos às pessoas que estão esperando por combustível. Nosso caminhão esta parado em Porto Alegre junto a um comboio até liberação e ordem de passagem pela polícia com segurança. No momento, não temos a previsão de chegada deste combustível no posto. Vou deixando vocês a par da situação pra evitar filas desnecessárias. Obrigada pela compreensão”.