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Geral 16/06/2025 16:47
Por: Raíssa Steinhaus

Leite reforça mobilização por renegociação de dívidas dos produtores rurais gaúchos

O governador voltou a defender o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para viabilizar a renegociação

Em reunião com prefeitos e entidades ligadas ao agronegócio, nesta segunda, 16, na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o governador Eduardo Leite reforçou a cobrança ao governo federal por uma resposta mais clara e efetiva à crise enfrentada pelo campo no Rio Grande do Sul. Leite voltou a defender o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para viabilizar a renegociação das dívidas dos produtores, que somam R$ 27,7 bilhões com vencimento previsto para este ano.

“O Rio Grande do Sul não pede privilégio. Pede o mesmo tratamento que a União oferece a outras regiões em momentos de crise”, afirmou o governador, que também citou dados do próprio governo federal que apontam o Estado como o mais afetado economicamente por eventos meteorológicos nos últimos anos, com perdas equivalentes a 60% do PIB anual.

“Não se trata apenas da enchente do ano passado. Trata-se da recorrência de eventos climáticos que nos fizeram perder muito da nossa produtividade. Ao longo dos últimos seis anos, o Rio Grande perdeu safras que equivalem a 60% do PIB do Estado. Esse é o tamanho do impacto, algo que nenhum Estado brasileiro viveu. É completamente diferente, desproporcional com o que ocorre em relação a eventos climáticos em outras regiões do país”, ressaltou Leite.

O governador também alertou para falhas na resolução do Conselho Monetário Nacional, que excluiu dívidas com cooperativas e cerealistas, além de impor entraves burocráticos. E cobrou a inclusão do Ministério da Fazenda no grupo de trabalho interinstitucional que trata do tema. Leite apresentou ainda ações do governo estadual, como o programa Terra Forte, com investimento inicial de R$ 300 milhões, a subvenção integral ao Troca-Troca de Sementes e repasses para manutenção de estradas rurais.

O encontro teve presença de mais de 200 prefeitos, lideranças da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da Confederação NAcional dos Municípios (CNM), da Assembleia Legislativa, da Câmara, do Senado e da bancada gaúcha. Para Leite, a união das instituições é essencial para dar visibilidade à pauta em Brasília.

Fonte: Assessoria Governo do Estado do Rio Grande do Sul