Por: Raíssa Steinhaus
Leite reforça mobilização por renegociação de dívidas dos produtores rurais gaúchos
O governador voltou a defender o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para viabilizar a renegociação
Em reunião com prefeitos e entidades ligadas ao agronegócio,
nesta segunda, 16, na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do
Sul (Famurs), o governador Eduardo Leite reforçou a cobrança ao governo federal
por uma resposta mais clara e efetiva à crise enfrentada pelo campo no Rio
Grande do Sul. Leite voltou a defender o uso de recursos do Fundo Social do
Pré-Sal para viabilizar a renegociação das dívidas dos produtores, que somam R$
27,7 bilhões com vencimento previsto para este ano.
“O Rio Grande do Sul não pede privilégio. Pede o mesmo
tratamento que a União oferece a outras regiões em momentos de crise”, afirmou
o governador, que também citou dados do próprio governo federal que apontam o
Estado como o mais afetado economicamente por eventos meteorológicos nos
últimos anos, com perdas equivalentes a 60% do PIB anual.
“Não se trata apenas da enchente do ano passado. Trata-se da
recorrência de eventos climáticos que nos fizeram perder muito da nossa
produtividade. Ao longo dos últimos seis anos, o Rio Grande perdeu safras que
equivalem a 60% do PIB do Estado. Esse é o tamanho do impacto, algo que nenhum
Estado brasileiro viveu. É completamente diferente, desproporcional com o que
ocorre em relação a eventos climáticos em outras regiões do país”, ressaltou
Leite.
O governador também alertou para falhas na resolução do
Conselho Monetário Nacional, que excluiu dívidas com cooperativas e
cerealistas, além de impor entraves burocráticos. E cobrou a inclusão do
Ministério da Fazenda no grupo de trabalho interinstitucional que trata do
tema. Leite apresentou ainda ações do governo estadual, como o programa Terra
Forte, com investimento inicial de R$ 300 milhões, a subvenção integral ao
Troca-Troca de Sementes e repasses para manutenção de estradas rurais.
O encontro teve presença de mais de 200 prefeitos, lideranças
da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da
Confederação NAcional dos Municípios (CNM), da Assembleia Legislativa, da
Câmara, do Senado e da bancada gaúcha. Para Leite, a união das instituições é
essencial para dar visibilidade à pauta em Brasília.
Fonte: Assessoria
Governo do Estado do Rio Grande do Sul