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Opinião 09/06/2023 15:34
Por: Odete Jochims

Turismo: o grande filão de Candelária

Repassando nossos arquivos históricos, encontramos uma matéria sobre o município Candelária publicada pela empresa Yuka Turismo, no ano de 2000, na revista “Família Aventura”, de circulação nacional. A reportagem indicava a cidade como: “um cenário selvagem misturado a construções históricas, cachoeiras, grutas e claro, muitas atividades naturais. Tudo isso, em chão já pisado por dinossauros. Candelária é um mundo repleto de trilhas e lugares pouco explorados. Um pedaço do Rio Grande do Sul que nem os gaúchos conhecem bem. Uma cidade repleta de peculiaridades”. Na época, a reportagem foi “um estopim”, fazendo chover contatos e aventureiros de todo o Brasil por aqui.

Ainda pensamos muito pequeno, mas na hora que acreditarmos realmente no nosso potencial, ninguém mais segura o crescimento de Candelária. Faltam condutores ativos – agências de turismo receptivo ativo e confiança dos órgãos públicos em divulgar e sinalizar este potencial.  Principalmente mostrando nossa atração máxima e ímpar: os dinossauros. 

É esta natureza selvagem, ainda intocada pelo homem o grande filão que o município deve explorar com vistas ao desenvolvimento turístico, mas para tal deve desenvolver uma nova estrutura de recepção na cidade. Bares e restaurantes que abram nos domingos e feriados, locais que possam dar informações corretas, acessos bem sinalizados, equipes de guias/ condutores (que normalmente são bem remunerados), além de lojas de “recuerdos” e lembranças dos atrativos, são uma boa receita para pequenos investimentos, com certeza.  

Citamos como exemplo, nossa visita recente a cidade de Brotas, no interior paulista, de onde as pessoas saiam para estudar e não voltavam, pois o comércio era fraco e as poucas indústrias de pequeno porte não proporcionavam grandes oportunidades. Entretanto, a partir do ecoturismo, descobriu um grande potencial de crescimento, ressurgindo com a criação de agencias turística, elaborando roteiros e abrindo novas possibilidades de hospedagem. Hoje o produto bruto que circula na área gira em torno de 30 milhões com uma media de 150 mil turistas/ ano.

Todos que viajam procuram trazer uma lembrança, um objeto palpável para ficar para sempre marcado sua visita e poder contar a história. Um desafio para nossas empresas de mídia, artesanato e comercio popular: confeccionar camisetas – bonés – chaveiros – imãs –quadros –miniaturas dos dinossauros – enfim, uma gama de “souvenires”. Fica o convite para a comunidade: para aumentar o turismo é preciso investir nos atrativos – algo que a natureza local nos proporcionou em grande quantidade e qualidade-, além das condições de receptividade.  

Parabéns aos ciclistas, pois um grande passo foi dado com a “Rota Dos Dinossauros”. Meus saudações ao Fotografo e Guia Ralf Karnopp, que conduziu recentemente 30 Canadenses ao Botucaraí. Por fim, cumprimento a Cabanna hostel – Diego – por receber estagiários do Mercosul e Nordeste em seus espaços e ao Cande Hotel e Hotel Michels, pelos painéis turísticos dispostos em seus ambientes.

Julio Massirer