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Saúde 22/06/2023 18:07
Por: Redação

Autoridades municipais buscam soluções para agilizar atendimentos médicos em Candelária

Após reunião na sede da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, vereadores buscaram a Secretaria Municipal de Saúde e Direção do Hospital Candelária em busca de alternativas

No último dia 13 de junho uma comitiva formada pelos vereadores Alan Wagner (PSB), Ginevra da Silveira (PSB), Jaira Diehl (PTB), Alexandra Bini (P), Cristina Rohde (PSDB) e Cezar Pohlmann (MDB), estive em reunião na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, em Santa Cruz do Sul, com a coordenadora Mariluci Reis, com o objetivo de levar as demandas e questionamentos referentes à demora e espera de pacientes para atendimentos principalmente nas áreas de cardiologia, vascular, traumato/ortopedia e oncologia.

De acordo com os vereadores, as leis relacionas ao tempo de espera para consultas, exames e em especial, cirurgias, não estão sendo cumpridos e alguns casos do município que se encaixam como urgência e emergência, estão em espera desde 2022. Na ocasião, a coordenadora explicou como funciona o cadastramento dos pacientes e dos dados necessários para incluí-los na lista de espera do estado. Onde são classificados por prioridade, levando em conta categorias como urgência e emergência, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Na medida em que são procurados, os vereadores vêm auxiliando muitos pacientes pelas vias judiciais. Entretanto, a quantidade de pessoas que têm buscado os parlamentares em busca de agilidade nos atendimentos é alarmante. Por isso, na manhã desta segunda, 19, os vereadores estiveram reunidos com a Secretária de Saúde do município, Grazieli Priebe e com os diretores do Hospital Candelária, Julio Stefanello e Lairton Kuhn, para buscar uma solução definitiva para a situação dos pacientes de Candelária.

Segundo explicou a secretaria da pasta, os lançamentos e a atualização dos dados na plataforma de Gerenciamento de Consultas (GERCON) são acompanhados diariamente. “O médico dá vistas e faz a classificação de risco do paciente que está sendo atendido como urgente. Porém, quando o paciente vai pra fila geral, ele deixa de ser urgente por ter outros casos ainda piores na região de abrangência. Isso acontece porque o médico da regulação estadual reclassifica o paciente”, destacou Grazieli.

A secretária também confirmou que na semana passada houve uma reunião com a equipe do Hospital Ana Nery, na 13ª Coordenadoria de Saúde em virtude de recurso vindo do judiciário e destinado à Oncologia, porém, em casos que envolvem a área dermatológica, por exemplo, não estão inclusos na lista de procedimentos de cobertura do mesmo. “Vamos pedir que o Estado inclua a dermatologia, pois a nossa fila para esta especialidade também é muito grande”, pontuou.

Com relação à fila de exames, Grazieli revelou que a mesma foi zerada em 2022. Segundo a secretária, a maior problemática está na fila para alta complexidade em Traumatologia em Santa Cruz do Sul, levando em torno de oito anos para a realização de cirurgias e nas áreas de Fisioterapia e Fonoaudiologia. “Para fisioterapia, os profissionais estão priorizando o pós-operatório e dores crônicas. Já os casos de fonoaudiologia, conseguimos uma profissional da CISVALE, mas com pouquíssimas consultas a mais”.

Outro conflito é com relação aos diagnósticos dos médicos da Atenção Básica e dos especialistas, que prescrevem com uma ótica distinta. “A Atenção Básica não é para isso, é para acompanhar, fazer busca ativa, para investigar, para tratar e ter retorno. Dessa forma, enviam para a especialidade, onde ele é atendido e reencaminhado à atenção básica. Tudo isso sobrecarrega o sistema como um todo”, ressaltou a secretaria da pasta.

Uma das medidas propostas foi com relação à ampliação de equipes dos profissionais da Atenção Básica. Outra foi a indicação de levar os casos que estão na fila de espera às ouvidorias.  “Seja na ouvidoria municipal, estadual ou do Ministério, lá ela irá ser analisada e respondida com o prazo máximo de 30 dias.

Após todos os esclarecimentos, será enviado um Ofício à 13ª Coordenadoria de Saúde, solicitando informações para saber se, com relação aos outros municípios, qual o andamento quantitativo dos casos de Candelária, em consultas, exames e cirurgias de média e alta complexidade dentro do Estado. Também há a possibilidade de buscar agenda na Secretaria Estadual de Saúde e ainda, viabilizar uma pauta em reunião da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo – AMVARP para reivindicar maior aporte de recursos. (Com informações de Maieve Soares/Câmara de Vereadores).