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Geral 23/11/2021 06:41
Por: Redação

A pandemia dos não vacinados e a importância de completar o esquema vacinal

Se antes os mais vulneráveis eram os idosos, agora o perigo envolve pessoas que não completaram o esquema vacinal

Analistas do mundo inteiro têm avaliado os riscos causados por pessoas que não se vacinam ou não completam o esquema vacinal contra a covid-19, ou seja, as duas doses, além, é claro, da dose de reforço. Esses riscos, que colocam em perigo tanto as pessoas em questão como as que lhes são próximas, acabaram dando um novo nome a um fenômeno que ocorre atualmente e que faz a pandemia do novo coronavírus levar o nome de “pandemia dos não vacinados”. A descrição leva em conta os indicadores de saúde de países do Leste europeu e dos Estados Unidos, onde a vacinação estacionou, ficando entre 50% e 70% da população .

Dados recentes comprovam que países com um total de 75% ou mais do esquema vacinal completo apresentam baixo número de óbitos, além de impedir que os doentes desenvolvam sintomas mais graves da doença. Especialistas ressaltam que a epidemia ainda não foi resolvida de vez em razão do grande número de pessoas que não se vacinaram, o que possibilita o surgimento de novas variantes do coronavírus. Especialistas destacam ainda que as pessoas vacinadas, quando contaminadas, carregam menor carga viral, o que as leva a transmitirem a doença por menos tempo do que os não vacinados.

A Fundação Oswaldo Cruz, ao emitir alerta sobre a “pandemia dos não vacinados”, informou, na última semana, que apenas 60% da população brasileira se encontram com o esquema vacinal completo, índice que se aproxima dos países que hoje estão na quarta onda da pandemia, como Áustria e Alemanha, entre outros. Nesse sentido, acredita-se que o Brasil está muito perto de também vivenciar uma piora semelhante. Esses fatos se tornam mais graves no momento em que se lembra que, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, nove em cada dez mortes por covid-19 na faixa etária até os 39 anos ocorrem entre pessoas que não se vacinaram com as duas doses, enquanto que, entre os idosos, as mortes ocorreram entre os que não haviam recebido a dose de reforço. Com base nesses números, estima-se que, se antes os mais vulneráveis eram os idosos, agora a população mais suscetível à doença é aquela não recebeu as duas doses ou a dose de reforço.

A preocupação aumenta quando se leva em consideração as possíveis aglomerações que podem ocorrer nos próximos meses, como Natal, Ano Novo e Carnaval. O ideal seria que, para essas datas, a população se prevenisse e tomasse as doses que faltam.