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Geral 02/05/2025 10:00
Por: Odete Jochims

Superação dá o tom na abertura da Expocande

  • Trabalho voluntário dos integrantes da comissão organizadora da Expocande foi valorizado na cerimônia
  •  A Rainha Bruna Flores Steil e as princesas Paula Butzge e Isabel Bohrer Porto

 Expocande do Centenário ou da Resiliência? Difícil separar um nome do outro. Um ano atrás, Candelária — assim como grande parte do Rio Grande do Sul — enfrentava a maior tragédia climática de sua história. A cidade e o estado pararam e, por consequência, a Expocande de 2024 não aconteceu. Era impossível celebrar em meio à dor.

 Mas o tempo passou, e a cidade reagiu. E agora, em 2025, quando Candelária celebra seu centenário, o que se vê é mais do que uma feira: é uma afirmação de que a vida recomeça. O clima é outro. Onde antes havia tensão, agora há sorrisos. No lugar da água que invadiu casas e estradas, um céu limpo acolhe milhares de visitantes. A Expocande voltou — e voltou mais forte.

 Na noite de quarta, 30, o Parque de Eventos foi palco da solenidade de abertura oficial da Expocande 2025. Autoridades, patrocinadores, imprensa e convidados reuniram-se em um momento simbólico: a festa que não pôde ser feita no ano anterior agora era celebrada com entusiasmo dobrado. Todas as falas da cerimônia, de alguma forma, tocaram na ferida aberta pelas enchentes de 2024. Mas, mais do que isso, exaltaram a capacidade da comunidade de se reerguer.

 “Estamos falando, com toda a convicção, da maior Expocande da história”, disse o presidente da feira, Jorge Mallmann. A expectativa é de que, até o encerramento no domingo, 4 de maio, cerca de 40 mil pessoas passem pelo parque.

 Entre os pronunciamentos, estiveram os da superintendente executiva de varejo da Caixa, Deise Evaristo Noal; da superintendente regional centro do Banrisul, Vanialice Leal Azeredo; da presidente da Câmara de Vereadores, Jaira Diehl; da deputada Kelly Moraes, representando a Assembleia Legislativa; dos deputados estaduais Adolfo Brito e federais Marcelo Moraes e Heitor Schuch; do secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum; e do senador candelariense Luis Carlos Heinze. Também falaram o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Nestor Ellwanger, o Rim, e o próprio Jorge Mallmann.

 Mas a solenidade foi além dos discursos. Um dos momentos mais descontraídos e aplaudidos foi a chegada da família Candino, acompanhada do dinossauro articulado que divertiu crianças e adultos. E como não poderia faltar emoção, a noite teve ainda uma homenagem especial ao Centenário do Município com o espetáculo Candelária: Inspiração e Sentimento, apresentado pela Escola Municipal Percílio Joaquim da Silveira sob a coordenação das professoras Ester Elwanger e Deizelara Andrade.

 A  programação se encerrou em clima festivo com apresentações da Orquestra de Candelária, da Banda Sétimo Sentido e da cantora Glê Duran — encerrando o primeiro dia da Expocande.

 “Tem um ditado que diz que, depois da tempestade, vem a bonança. Mas para que ela chegue, é preciso acreditar e correr atrás. O que nos move, enquanto comissão organizadora, é a gratidão. Gratidão a todos que ajudaram a tornar essa feira realidade — ela é fruto de muito trabalho e dedicação”, declarou Mallmann.