Por: Odete Jochims
Superação dá o tom na abertura da Expocande
Expocande do
Centenário ou da Resiliência? Difícil separar um nome do outro. Um ano atrás,
Candelária — assim como grande parte do Rio Grande do Sul — enfrentava a maior
tragédia climática de sua história. A cidade e o estado pararam e, por
consequência, a Expocande de 2024 não aconteceu. Era impossível celebrar em
meio à dor.
Mas o tempo passou,
e a cidade reagiu. E agora, em 2025, quando Candelária celebra seu centenário,
o que se vê é mais do que uma feira: é uma afirmação de que a vida recomeça. O
clima é outro. Onde antes havia tensão, agora há sorrisos. No lugar da água que
invadiu casas e estradas, um céu limpo acolhe milhares de visitantes. A
Expocande voltou — e voltou mais forte.
Na noite de quarta,
30, o Parque de Eventos foi palco da solenidade de abertura oficial da
Expocande 2025. Autoridades, patrocinadores, imprensa e convidados reuniram-se
em um momento simbólico: a festa que não pôde ser feita no ano anterior agora
era celebrada com entusiasmo dobrado. Todas as falas da cerimônia, de alguma
forma, tocaram na ferida aberta pelas enchentes de 2024. Mas, mais do que isso,
exaltaram a capacidade da comunidade de se reerguer.
“Estamos falando,
com toda a convicção, da maior Expocande da história”, disse o presidente da
feira, Jorge Mallmann. A expectativa é de que, até o encerramento no domingo, 4
de maio, cerca de 40 mil pessoas passem pelo parque.
Entre os
pronunciamentos, estiveram os da superintendente executiva de varejo da Caixa,
Deise Evaristo Noal; da superintendente regional centro do Banrisul, Vanialice
Leal Azeredo; da presidente da Câmara de Vereadores, Jaira Diehl; da deputada
Kelly Moraes, representando a Assembleia Legislativa; dos deputados estaduais
Adolfo Brito e federais Marcelo Moraes e Heitor Schuch; do secretário estadual
da Agricultura, Edivilson Brum; e do senador candelariense Luis Carlos Heinze.
Também falaram o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Nestor
Ellwanger, o Rim, e o próprio Jorge Mallmann.
Mas a solenidade foi
além dos discursos. Um dos momentos mais descontraídos e aplaudidos foi a
chegada da família Candino, acompanhada do dinossauro articulado que divertiu
crianças e adultos. E como não poderia faltar emoção, a noite teve ainda uma
homenagem especial ao Centenário do Município com o espetáculo Candelária: Inspiração
e Sentimento, apresentado pela Escola Municipal Percílio Joaquim da Silveira
sob a coordenação das professoras Ester Elwanger e Deizelara Andrade.
A programação se
encerrou em clima festivo com apresentações da Orquestra de Candelária, da
Banda Sétimo Sentido e da cantora Glê Duran — encerrando o primeiro dia da
Expocande.
“Tem um ditado que
diz que, depois da tempestade, vem a bonança. Mas para que ela chegue, é
preciso acreditar e correr atrás. O que nos move, enquanto comissão
organizadora, é a gratidão. Gratidão a todos que ajudaram a tornar essa feira
realidade — ela é fruto de muito trabalho e dedicação”, declarou Mallmann.