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Esporte 02/02/2023 16:14
Por: Charles Silva

Candelariense realiza Travessia Torres Tramandaí 2023

A assistente financeira, Eduarda Pacheco, de 32 anos, foi a primeira candelariense a completar sozinha o trajeto de 84.390m

Quando a candelariense Eduarda Pacheco, de 32 anos, começou a correr de maneira despretensiosa, há pelo menos cinco anos, não imaginava as oportunidades e alegrias que a modalidade iria lhe proporcionar. Entretanto, quando concluiu a 17° edição da Travessia Torres Tramandaí (TTT), no ultima sábado, 28, a auxiliar financeira pôde experimentar um pouco da emoção que só o esporte é capaz de oferecer.

A TTT é uma das provas de longo percurso mais tradicionais do sul do país. Saindo da Ponte do Passo de Torres e percorrendo as areias do litoral norte até Imbé, a modalidade principal possui 84,39 km, distância oficial de duas maratonas somadas. Embora possa ser realizada em diferentes modalidades, como solo e revezamento em duplas, quartetos ou octetos, Eduarda encarou sozinha o vento e o calor e, após 10h de prova, superou a grande distância. A auxiliar financeira ficou na quarta colocação na categoria entre 30 e 39 anos, tornando-se a única candelariense a concluir a prova solo.

Formada em Ciências Contábeis, Eduarda trabalha como assistente financeira em uma exportadora de tabaco em Santa Cruz do Sul, onde reside atualmente. Sobre o esporte, ela conta que começou correndo como uma brincadeira, em uma Corrida do Chimarrão, em Venâncio Aires, onde conheceu outros corredores. Logo, sem que percebesse, a corrida havia se tornado uma grande paixão. Hoje, não é incomum encontrar a corredora fazendo o percurso de Candelária/Santa Cruz do Sul para visitar a família.

Sobre a realização da TTT, Eduarda afirma que vinha se recuperando de uma lesão e o treinamento para a travessia precisou ser realizado praticamente através da bicicleta. Entretanto, já fazia alguns anos que desejava participar do desafio, que vinha sendo adiado por causa da pandemia e, dessa vez, não perderia a oportunidade. “Foi muito desafiador e cansativo. Corri muito, mas precisei caminhar muito também, administrei o tempo e a fadiga. Que adrenalina, foi fantástico!”, contou.

Questionada sobre o desejo de virar uma atleta profissional, Duda diz que a corrida é apenas um hobby. Entretanto, descreve a importância do esporte em todos os âmbitos de sua vida. “A grande maioria dos atletas amadores se torna mais organizada, responsável e comprometida. Mas os benefícios do esporte vão muito além. Para mim, a corrida representa a capacidade de realizar qualquer coisa. A satisfação de conseguir algo que depende exclusivamente de si mesmo é surreal. No esporte não importa quem é a tua família, qual o teu cargo ou quanto tu ganhas, é apenas tu, teu corpo e tua mente com um mesmo propósito. É transformador”, descreve a atleta.