Por: Diego Foppa
O que já se sabe sobre as mortes violentas de 2025
Dos três casos que resultaram em quatro mortes, um já foi esclarecido pela Polícia Civil
A Polícia Civil continua apurando as circunstâncias de duas ocorrências registradas recentemente que aumentaram para quatro o número de vítimas fatais em 2025. O primeiro fato, ocorrido pouco antes da meia-noite de 27 de agosto, avançou e está próximo de ter um desfecho. Segundo o delegado Paulo Schirmann, responsável pela Delegacia de Candelária, o caso está sendo tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). Na ocasião, três indivíduos encapuzados teriam invadido a casa de Louri Greiner, de 66 anos, no Rincão das Casas, rendido e amarrado o marido da vítima e roubado alguns bens e uma quantia em dinheiro. Ela foi encontrada morta no local. “É uma investigação que terá um desfecho nos próximos dias”, resumiu Shirmann, que optou por não fornecer mais detalhes para não interferir no trabalho policial.
Já no caso mais recente, ainda de acordo com o delegado, o cenário atual aponta para a probabilidade de uma rixa ter sido o estopim para o duplo homicídio de Cíntia Rodrigues Moura dos Santos, de 22 anos, e Pedro Quintana Alves, de 28. O casal foi morto a tiros em casa no Bairro Marilene na madrugada de 1º de setembro. “A vítima tinha um atrito com outra pessoa por questões passadas”, declarou o delegado. Contudo, ainda não existem elementos suficientes para afirmar se esse desafeto teria sido o suficiente para motivar o crime. As duas vítimas fatais possuíam antecedentes por tráfico de drogas.
PRIORIDADE – De acordo com Schirmann, ocorrências envolvendo mortes violentas são prioridade. No entanto, ele salienta que esses casos exigem uma investigação muito complexa. “São casos difíceis de elucidar por conta da falta de testemunhas na maioria das vezes. Além disso, não basta apenas descobrir o autor, mas também por que o crime aconteceu”, disse.
MP oferece denúncia contra homem que matou esposa
O promotor Martin Albino Jora confirmou que ofereceu denúncia pelo crime de feminicídio contra o homem, de 44 anos, que matou a esposa Giuliane da Silva, de 43, com golpes de machado no dia 18 de agosto. Anteriormente, ele já havia sido indiciado pela Polícia Civil. A partir da denúncia, ele passa a ser acusado formalmente. O indivíduo havia sio preso em flagrante pelo crime. No dia do fato, aos policiais militares, ele relatou informalmente que desferiu três golpes com a parte traseira do machado na cabeça da vítima. Esta foi a primeira morte violenta de 2025, após um período de mais de oito meses de calmaria.